Ao repudiar as agressões de DJ Ivis contra a ex-mulher, Pamella Holanda, a atriz e youtuber Antônia Fontenelle chamou o músico de “paraíba” e foi criticada por famosos nordestinos, que acusaram a loira de xenofóbica.
“Esses ‘paraíbas’ fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso”, disse Fontenelle.

A atriz, depois, alegou que usou “paraíba” como força de expressão. Mas Juliette Freire, que é paraibana, rebateu o argumento de Fontenelle em um tweet.
“Não é força de expressão, é xenofobia. Não existe ‘ser Paraíba’ e ‘fazer paraibada’. Existe ser PARAIBANA/O, o que sou com muito orgulho. Tire seu preconceito do caminho, que vamos ar com a nossa cultura e não vamos tolerar atitudes machistas e xenofóbicas de lugar algum”, escreveu a advogada.
As influenciadoras Flay e Gessica Kayane, a Gkay, e o cantor Chico César também comentaram a fala da atriz.
Fontenelle ainda disse que as críticas eram para “abafar” a violência sofrida por Pamella Holanda.
“Esse bando de desocupado aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram pra agora me acusar de xenofobia. De novo? Num cola! Já tentaram me acusar de xenofobia”, afirmou. “Porque eu falei esses paraíba (sic), quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo. Paraíba eu me refiro a quem faz paraibada, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer paraibada, é uma força de expressão”.
Veja alguns comentários:
E ser PARAÍBA Não é o motivo do mal caráter de um homem agressor Antônia Fontinelly, isso é mal de macho escroto e você é XENOFÓBICA eu como PARAÍBA não vou ler essa merda calada!
— FLAY #CoraçãoEmStandBy (@flaayoficial) July 12, 2021
“paraibada” “coisa de paraíba” “coisa de baiano” essas e outras expressões xenofóbicas precisam ser banidas!!!! Sou paraibana com muito orgulho e muito amor e não vamos deixar ar! Isso é obsoleto, ultraado, ofensivo! RESPEITA A PARAÍBA, RESPEITA O NORDESTE!
— CARNAVAL NA NETFLIX 🍿 (@gessicakayane) July 12, 2021
Vídeos mostram agressões
As agressões sofridas pela ex-mulher do DJ Ivis, Pamella Holanda, ganharam as redes sociais neste domingo (11) após ela publicar as cenas de violência em sua página no Instagram. Nas imagens, ela aparece sendo agredida por ele na frente da filha dos dois, de apenas 9 meses.
Pamella aparece como alvo de socos, pontapés e puxões de cabelo, mesmo na presença de outras pessoas na casa. As imagens geraram revolta, inclusive entre famosos, que repudiaram as atitudes do DJ.

O cantor Zé Felipe, filho do cantor Leonardo, foi um dos que se pronunciaram contra as cenas de violência de DJ Ivis. O sertanejo lançou recentemente uma música feita com o DJ, mas afirmou que sua relação com ele foi estritamente profissional e que não é amigo de Ivis.
“Estou indignado com isso que aconteceu e desejo tudo de melhor na vida da Pamella. Que Deus possa abençoar e que ela possa superar isso logo”, publicou Zé Felipe, levantando a possibilidade de fazer uma versão nova da música “Galega”, que lançou com o DJ.
Iverson de Souza Araújo também usou seu perfil no Instagram para se defender. Em vídeos, ele alega que as imagens postadas por Pamella não estão completas. Ele afirma que era agredido por ela e que a mulher teria tentado suicídio algumas vezes.
“As pessoas estão reagindo do que estão vendo, mas elas estão comentando também do que não sabem. […] Recebi chantagens de ameaça de morte, com minha filha. Ninguém sabe o que é isso que eu ei. De querer se jogar com a minha filha do 10º andar, entre outras coisas. Eu não ava mais isso”, publicou DJ Ivis.
Inquérito policial
A PC (Polícia Civil) do Ceará informou ao portal R7, na manhã desta segunda-feira (12), que abriu um inquérito para investigar as acusações de agressão de Pamella Holanda contra o ex-marido, DJ Ivis. Em nota, a SSPDS (Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social) explicou o motivo de o artista ainda não estar preso.

“A Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) informa que instaurou um inquérito policial para investigar uma ocorrência de lesão corporal no âmbito de violência doméstica registrado, no último dia três deste mês, no município de Eusébio – Área Integrada de Segurança 13 (AIS 13) do Estado”, informa o comunicado.
De acordo com o órgão, a prisão do DJ não pode ser efetuada, pois a denúncia foi feita dois dias depois do ocorrido. “A Polícia Civil informa ainda que as agressões ocorreram no dia 01, porém a vítima só registrou o caso no dia 03, não sendo possível a lavratura do flagrante. Desde o dia do registro da ocorrência, a PC-CE solicitou ao Poder Judiciário medidas protetivas de urgência em favor da vítima. Desde então o caso segue em investigação.”