A ex-funcionária do Facebook, s Haugen, esteve no Senado dos EUA nesta terça-feira (5) e detalhou documentos internos reunidos por ela que mostram uma série de impactos negativos gerados por produtos da empresa.

Além dos documentos que mostram que o aplicativo Instagram, pertencente ao Facebook, causa depressão e ansiedade em garotas adolescentes, s Haugen divulgou outros arquivos da empresa.
Entre eles, estariam regras de moderação que favorecem determinados grupos sociais, algoritmos que promoveriam discórdia e informações de como os cartéis de drogas e traficantes de pessoas usam os serviços da rede social abertamente.
s Haugen trabalhou até abril como gerente de produto contratada para ajudar na proteção contra a interferência eleitoral no Facebook.
Em reação às declarações da ex-funcionária, o Facebook divulgou uma nota. “Continuamos a fazer melhorias significativas para combater a disseminação de informações incorretas e conteúdo prejudicial”, disse a empresa em comunicado.
Discussão sobre regulamentação 1u4x6b
Há ainda revelações nas quais os senadores disseram ter criado um impulso para regulamentações mais rígidas sobre a gigante da tecnologia.
Os parlamentares pediram o fortalecimento das leis de privacidade e concorrência, proteções online especiais para crianças, mais transparência nos algoritmos de mídia social e endurecimento da responsabilidade das plataformas.
“O Facebook sabe que os seus produtos podem ser tóxicos e viciantes para as crianças”, disse o senador Richard Blumenthal (Connecticut), que é presidente do Subcomitê de Proteção ao Consumidor do Senado e conduziu a audiência.
Ele convocou o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, a comparecer perante o Congresso para testemunhar, classificando a empresa como “moralmente falida”.
O depoimento de Haugen motiva republicanos e democratas a atualizarem a lei de 1998 conhecida como Coppa, que rege os sites que coletam dados de crianças.