O vídeo de uma mãe andando de skate com seu filho, que tem paralisia cerebral, ganhou a internet pelo lindo gesto de amor e reação espontânea do pequeno ao realizar seu sonho de criança. O que poucos sabem, é que o vídeo é antigo e a família mostrada é moradora de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
Vídeo de João andando de skate viralizou, pela primeira vez, em 2018 – Foto: Reprodução Vídeo/NDLau Patrón sempre foi a maior defensora de seu filho, João Vicente, e sempre o incentivou a realizar os seus maiores desejos, por mais intangíveis que pudessem parecer. O menino sofreu um derrame, com pouco menos de dois anos, que o deixou paraplégico. Mas, mesmo assim, os acontecimentos nunca suprimiram seu sonho de andar de skate.
No vídeo, é possível ver Lau e Vicente em uma das emocionantes voltas com o e especializado para esses casos, sempre acompanhado do sorriso mais verdadeiro do menino que cativou o mundo.
Inclusão e capacitismo
O vídeo foi compartilhado em muitos países, o que rendeu um espaço especial para Lau falar sobre a inclusão e capacitismo em seus mais diversos aspectos.
Em entrevista ao SóNotíciaBoa, em 2018, Lau Patrón conta sobre o projeto que permitiu João realizar seus sonhos. “João anda com o Skate Anima há mais ou menos um ano. Esse vídeo que está viralizando […] não é da primeira vez”, relata.
O projeto é uma iniciativa do psicólogo, Daniel Paniagua, e do fisioterapeuta, Stevan Pinto, que, assim como Lau, acreditam fortemente na inclusão, inclusive no esporte.
Por meio do projeto, eles construíram dispositivos sobre rodas para que pessoas com necessidades especiais e mobilidade limitada possam se divertir.
“A sensação é muito incrível porque são crianças acostumadas a depender dos outros para tudo e de repente estão sozinhas numa estrutura, de pé, com aquela sensação do vento, da velocidade. É muito potente”, diz Lau em entrevista.
Confira o vídeo:
Vídeo soma mais de 2,2 milhões de visualizações no Twitter – Vídeo: @jujubapatron/Instagram/Reprodução
“Para crianças com paralisia cerebral, ou qualquer outro tipo de deficiência, não é permitido ter desejos e sonhos. O mundo está sempre nos dizendo não. Não devemos, não podemos, não vai dar certo, não tem adaptação. Nós não pertencemos”, escreve Lau em publicação.
** Com informações do Portal Pais & Filhos.
