O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) divulgou um comunicado informando que as pessoas interessadas em ajudar na campanha AME Jonatas só devem fazer as doações por meio da conta judicial vinculada à ação que busca garantir a proteção dos direitos da criança.
O alerta foi divulgado após a informação de que os pais estariam efetuando novos pedidos de doações em conta particular, mesmo estando proibidos pela Justiça.

A conta judicial foi aberta depois da denúncia de que Aline e Renato Openkoski estariam usando o dinheiro em viagens e artigos de luxo. Além disso, a promotoria destaca que “tem atuado no caso em busca da garantia do melhor interesse da criança, preservando a sua intimidade e trabalhando pelo atendimento médico adequado ao seu quadro clínico”.
Os depósitos na conta judicial deve ser feitos mediante contato com a Contadoria do Fórum da Comarca de Araquari pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones 047 3447-7515 ou 047 3447-7516). Os interessados devem informar o número da subconta e a quantia que pretende doar, para emissão de boleto bancário.
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Recentemente, a justiça determinou que a Polícia Civil investigue a conduta dos pais da criança. Após duas solicitações e prorrogação de prazos, os responsáveis não prestaram contas de uma quantia de aproximadamente R$ 16 mil que foi liberada em maio.
Para o MP, as notas fiscais apresentadas mostram que o dinheiro teria sido usado com outras despesas que não estavam relacionadas ao tratamento do menino. Aline e Renato também respondem a outro processo judicial, na Comarca de ville, por estelionato e apropriação indébita, também relacionados a campanha.
A reportagem tentou contato com a defesa dos pais de Jonatas, mas não teve sucesso.
Relembre o caso 6r6f37
Jonatas foi diagnosticado com AME (Atrofia Muscular Espinhal) em março de 2017. O tratamento é feito com medicamento importado dos Estados Unidos, no valor total de R$ 3 milhões.
Como não tinham condições de arcar com as despesas, os pais lançaram a campanha que teve repercussão nacional.
Em maio de 2017, o casal anunciou nas redes sociais que havia conseguido o valor, mas continuaria a arrecadação para poder cobrir gastos com os equipamentos que mantinham o menino vivo em casa.
Segundo o MPSC, Renato e Aline são acusados de se apropriarem de mais de R$ 200 mil das arrecadações. Com o dinheiro, eles teriam comprado celulares, um faqueiro, roupas, sapatos e joias. Além disso, teriam adquirido um carro no valor de R$ 140 mil e pago uma viagem para Fernando de Noronha, que custou R$ 7.883,12.