O júri popular de mãe e padrasto acusados de matar a menina Luna Bonett Gonçalves de apenas 11 anos já tem data para acontecer. O crime aconteceu na cidade de Timbó, no Vale do Itajaí, no dia 14 de abril de 2022.

Os réus enfrentarão o Tribunal do Júri no dia 16 de novembro, na Câmara de Vereadores de Timbó, devido uma obra no Fórum da Comarca de Timbó.
De acordo com o MSPC (Ministério Público de Santa Catarina), caso o local esteja liberado até o júri popular, a data será alterada e o julgamento será realizado no dia 17 de novembro, no próprio fórum.
Mãe e padrasto poderão responder perante ao Júri pelos crimes de tortura, homicídio qualificado, cárcere privado, estupro de vulnerável e fraude processual, conforme denuncia da 3ª Promotoria de Justiça de Timbó.
Caso Luna: relembre o crime que chocou a cidade de Timbó 5am3n
Na madrugada do dia 14 de abril de 2022, a menina Luna Gonçalves, de 11 anos, deu entrada ao Hospital OASE de Timbó. Inicialmente, a hipótese era que a criança teria morrido a caminho do hospital, mas uma perícia apontou que Luna já estava morta em casa, quando a família chamou os bombeiros.
Os hematomas em todo o corpo e sangramento na genitália levantaram suspeitas. Mãe e padrasto foram conduzidos para a delegacia para prestar esclarecimentos, mas foram liberados após alegarem que Luna morreu após cair da escada.
Após perícia e com indícios de crime de violência contra a menina, eles foram intimados a depor novamente. Neste momento, a mulher mudou sua versão em depoimento, assumindo ter matado a criança sozinha. O casal foi preso temporariamente.
Segundo o MPSC, a menina também foi vítima de estupro, inclusive no dia em que foi morta. Em seguida, a possibilidade de a mãe ter matado a criança sozinha também ou a não ser mais considerada pela investigação, que comprovou que a menina era submetida à tortura e uma série de castigos.
Quando o caso foi encaminhado pela Polícia Civil ao Poder Judiciário e os envolvidos se tornaram réus, a Justiça decretou a prisão preventiva de ambos. Segundo os Promotores de Justiça que am a ação penal, Alexandre Daura Serratine e Tiago Davi Schmitt, a violência física era acompanhada de graves ameaças, sempre visando aterrorizar a criança e reduzi-la, psicologicamente a uma forma desumana.