Um homem de 42 anos foi condenado a 26 anos e 11 meses de reclusão por matar o próprio irmão, em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina.
O crime ocorreu em julho de 2023, quando o réu deu uma facada fatal na cabeça do irmão, de 33 anos de idade. Pouco antes do homicídio, a vítima já tinha sofrido golpes de tesoura dados pelo irmão, motivo pelo qual já tinha ido a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O crime foi considerado como fratricídio, que, na linguagem jurídica, significa homicídio praticado contra o próprio irmão ou irmã. O júri popular acolheu integralmente a sustentação em plenário da Promotora de Justiça Larissa Moreno da Costa nesta quinta-feira (27).
O homem foi condenado por homicídio, qualificado como motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele também registra antecedentes por roubo, tentativa de roubo, apropriação indébita, tráfico e ameaça. A pena foi agravada também pelo fratricídio.
Crime ocorreu em 2023 22w1c
Conforme denúncia da 8ª Promotoria de Justiça de Itajaí, o drama familiar que levou a morte de um dos irmãos teria começado com uma discussão entre os dois. A vítima reprovava o tratamento que o réu, usuário de drogas, dispensava aos pais.
Era por volta de 1h do dia 17 de julho, na casa do pai do condenado e da vítima, no bairro Cordeiros, quando o réu pegou uma tesoura e golpeou o irmão por diversas vezes.
A vítima foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Depois de ser atendido, o irmão voltou para a casa.
Conforme relato de testemunhas em plenário, o réu estava escondido na parte de trás da residência. Ele surpreendeu o irmão, que mesmo ainda se recuperando dos ferimentos, por causa das agressões anteriores, teria corrido pela rua.
O condenado então, ou a persegui-lo de carro. Quando conseguiu alcançar o irmão, o réu desferiu um golpe de faca na vítima. Ele morreu quatro dias depois no hospital, em razão dos ferimentos.
“No plenário estavam a mãe dos dois e a companheira da vítima. Eles têm um filho hoje com dois anos e meio de idade. Infelizmente uma tragédia familiar, mas que recebeu a resposta do Conselho de Sentença, e a população de Itajaí. E por isso hoje, o Ministério Público está muito satisfeito com o resultado”, relata a promotora de Justiça.
O homem vai cumprir a sentença em regime fechado e o juízo negou a ele o direito de recorrer em liberdade.