
Nesta segunda-feira (9), os ministros da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), começam ouvir os integrantes do núcleo 1, acusados da tentativa de golpe de Estado. Nesse grupo está inserido o ex-presidente Jair Bolsonaro, que deve se apresentar na terça-feira (10), às 14h.
Além de Bolsonaro, mais sete pessoas serão ouvidas. O primeiro a ser ouvido, de acordo com o STF, será Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, enquanto era presidente e que tem acordo de delação premiada com a justiça.
Além de Cid, serão interrogados: Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-chefe da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI; Paulo Sérgio Nogueira ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto,ex-ministro da Defesa e vice candidato de Bolsonaro em 2022.
Interrogatório de Jair Bolsonaro 615j6p
O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro deve acontecer na terça-feira (10), às 14h. Na semana ada, o político convocou apoiadores para acompanhar o depoimento dele. O convite foi feito durante evento do PL-Mulher (Partido Liberal). Bolsonaro afirmou que não vai lacrar, mas que valerá a pena assistir.
A fala provocativa de Jair Bolsonaro, faz parte de um movimento que tem se intensificado por parte de apoiadores na internet, questionando vários pontos da denúncia de tentativa de golpe e até mesmo o processo penal, no STF.
Jair Bolsonaro tem ado imagem de tranquilidade na internet, mesmo na véspera de ser interrogado pelos ministros da Suprema Corte e do relator, Alexandre de Moraes. Bolsonaro promoveu até mesmo caminhada pelas ruas de São Paulo.

A medida tem sido considerada estratégia para sensibilizar eleitores pelo que ele considera injustiça do STF, no caso. Bolsonaro tem sido testado nos últimos dias. Na quinta-feira (5) prestou depoimento sobre o financiamento para permanência de Eduardo Bolsonaro, nos Estados Unidos.

Também foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que deixou o Brasil após condenação por invasão no sistema do CNJ, para plantar informações equivocadas.