A Justiça autorizou a reabertura do inquérito que investiga a morte do dirigente do PT (Partidos dos Trabalhadores), Marcelo Arruda, que aconteceu no dia 9 de julho, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.

De acordo com o portal Ric Mais, o juíz da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, Gustavo Germano Francisco Arguello, mandou reabrir a investigação após acolher pedido do MPPR (Ministério Público do Paraná) para que uma pessoa seja novamente ouvida pela polícia.
O argumento utilizado pelo ministério público é que o depoimento foi interrompido exatamente no momento em que ele iria revelar o nome de outras testemunhas que estavam com ela no dia do crime.
Na ocasião, uma pessoa que estava com o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, que atirou em Arruda, apresentou imagens das câmeras de segurança da associação onde estava acontecendo a festa de aniversário do dirigente do PT no município.
Em seguida, o homem teria ado na associação para fazer uma “ronda. A pessoa responsável por apresentar as imagens no celular seria a testemunha a ser ouvida novamente.
Na ocasião, ela iria revelar quem seriam as outras pessoas que estavam sentadas na mesa com Guaranho, no momento em que as imagens foram vistas. Assim como o teor da conversa.
Após apresentação dos nomes, a polícia deve intimá-las para serem ouvidas também “a fim de que prestem esclarecimentos sobre os fatos objeto do presente inquérito policial”, conclui a solicitação do MPPR.
Os inquéritos com autoria esclarecida têm 10 dias para conclusão, mas a Polícia Civil concluiu em cinco dias, sendo um dos motivos usados pela promotoria para que fosse reaberto o inquérito. O objetivo será para esclarecer mais pontos, incluindo a motivação do crime.
Porém, a Polícia Civil apenas informou que o assassinato não tinha motivação polícia, mas não esclareceu qual seria.
Dessa forma, falta ainda o resultado do confronto balístico, da perícia no carro do autor, a reconstituição do local do crime e os laudos periciais de leitura labial das pessoas que aparecem nas imagens das câmeras de segurança da associação no momento do assassinato. Assim como a extração dos dados do celular do atirador.
Relembre 74766
O guarda municipal e dirigente do PT (Partido dos Trabalhadores) Marcelo Arruda foi assassinado a tiros logo após comemorar 50 anos em Foz do Iguaçu, no Paraná.
O crime aconteceu durante a festa de aniversário dele. Marcelo teria sido morto com três tiros disparados pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho. As informações são da Revista Fórum.
A festa de aniversário tinha como tema o PT e a candidatura de Lula e era realizada na Aresfi (Associação Esportiva Saúde Física Itaipu). Guaranho teria interrompido a festa cerca de 20 minutos antes de cometer o crime.
Ele parou com o carro do lado de fora da sede aos gritos de “é Bolsonaro”. Arruda saiu da festa para ver o que estava acontecendo e viu o revólver apontado para ele.
A mulher de Guaranho, que estava com ele no carro junto com a filha, teria gritado para que o marido parasse. Ele deixou o local, mas prometeu voltar: “Eu vou voltar e matar todos vocês, seus desgraçados”.
Arruda foi até o carro e teria pego o revólver funcional e dito a um convidado da festa: “vai que esse maluco volta mesmo, eu não vou ficar desprevenido”.
Cerca de 20 minutos depois, Guaranho voltou, invadiu o local com a arma. O aniversariante se identificou como guarda municipal e mostrou a arma, mas foi atingido por dois tiros. Um deles atingiu a perna de Arruda, que caiu. O assassino teria se aproximado e atirando novamente.
O guarda municipal recebeu um tiro nas costas, se virou e deu cinco tiros em Guaranho. Um amigo de Marcelo disse à Revista Fórum que “com sua reação, ele conseguiu evitar uma chacina, foi um herói”.
*Com informações do portal Ric Mais