Paulo Rolemberg

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Mentira tem perna curta e custou R$ 12 mil para duas testemunhas em Florianópolis 6d5x56

O dinheiro das multas foi destinado à maternidade pública Carmela Dutra. Pelo menos, no fim das contas, a mentira de alguns serviu para ajudar quem realmente precisa. 2g615a

Em um caso que poderia ser um roteiro de novela jurídica, duas testemunhas que decidiram “apimentar” suas versões em um processo trabalhista acabaram pagando caro pela falta de compromisso com a verdade.

Justiça do Trabalho – Foto: Divulgacão/Paulo Alceu/NDJustiça do Trabalho – Foto: Divulgacão/Paulo Alceu/ND

O juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis, não deixou barato: condenou cada uma delas a pagar uma multa de R$ 12,2 mil.

O caso envolvia uma auxiliar de limpeza que trabalhou por um ano e meio em uma casa noturna da Capital e, após ser dispensada sem receber suas verbas rescisórias, buscou na Justiça o reconhecimento do vínculo de emprego. A empresa prestadora de serviços, por sua vez, alegou que ela era apenas uma “freelancer”, convocada ocasionalmente.

Até aí, um caso comum nos tribunais trabalhistas. Mas a situação tomou um rumo inesperado quando as testemunhas entraram em cena e mentiram.

A testemunha da trabalhadora afirmou com convicção que o serviço dela se estendia até as 6h da manhã. Pequeno detalhe: a casa noturna fechava por volta das 4h.

Já a testemunha da empresa prestadora de serviços não fez por menos: ao ser questionada sobre a frequência do trabalho da auxiliar, entrou em contradição diversas vezes.

Para piorar, afirmou que o local só abria às 22h, quando qualquer pessoa com o à internet poderia ver que a página oficial da casa noturna informava abertura às 20h. Uma simples pesquisa no Google teria evitado esse deslize.

Diante de tanta criatividade nos depoimentos, o juiz resolveu dar uma chance para que as testemunhas se retratassem. Mas, como ninguém quis voltar atrás, ele aplicou a multa de R$ 12,2 mil para cada uma, por insistirem na mentira.

E não parou por aí: tanto a auxiliar de limpeza quanto a empresa prestadora de serviços também foram penalizadas pelo mesmo valor por litigância de má-fé, ou seja, por sustentarem um processo baseado em afirmações falsas.

A cereja do bolo? O dinheiro das multas foi destinado à maternidade pública Carmela Dutra. Pelo menos, no fim das contas, a mentira de alguns serviu para ajudar quem realmente precisa.

Fica a lição: em tempos de informação ível a um clique, contar mentira em um tribunal é um jogo arriscado. E, como vimos, pode sair bem caro.

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