O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu ordens para bloquear as redes sociais de Bruno Monteiro Aiub, conhecido nas redes como Monark. A decisão prevê ainda multa diária de R$ 10 mil a ele e de R$ 100 mil às plataformas no caso de descumprimento da medida.
A decisão foi tomada após a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) relatar que foi identificado publicações do influenciador com notícias falsas. As informações são do R7.

Conforme apuração do R7, além do bloqueio nas redes sociais, Monark está proibido de publicar notícias falsas.
O TSE ressaltou que a disseminação destas notícias aconteceram em uma entrevista com o deputado federal do Paraná, Filipe Barros (PL), na qual haviam informações inverídicas sobre a integridade das instituições eleitorais.
“Conforme ressaltei por ocasião da decisão proferida em 8 de janeiro de 2023, os desprezíveis ataques terroristas à democracia e às instituições republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, os instigadores e os anteriores e atuais agentes públicos coniventes e criminosos, que continuam na ilícita conduta da prática de atos antidemocráticos”, reforçou Moraes em sua decisão.
Para o magistrado, “o papel dos instigadores dos atos, especialmente nas redes socais, não é circunstância de menor relevância, ficando claro que os referidos meios de comunicação são parte essencial da empreitada criminosa que resultou nos estarrecedores atos testemunhados no dia 8 de janeiro de 2023 e nos subsequentes atos programados para os dias seguintes”, completa.
Moraes lembrou na decisão, que foi determinado o bloqueio de vários perfis do influenciador, mas que, em um novo canal criado na plataforma Rumble, que já conta com mais de 280 mil seguidores, o youtuber voltou a divulgar notícias fraudulentas sobre a atuação do TSE e STF.
“Assim, se torna necessária, adequada e urgente a interrupção de eventual propagação dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática mediante bloqueio de contas em redes sociais, com objetivo de interromper a lesão ou ameaça a direito”, ressaltou Moraes.
Monark já provocou polêmicas durante entrevistas 1h212r
No ano de 2022, o podcaster e youtuber provocou polêmicas ao defender a existência de um partido nazista. Na ocasião,o influenciador entrevistava os deputados Kim Kataguiri (União-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), quando afirmou que a lei deveria liberar a existência de um partido com nazista no Brasil.

“A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. […] Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, alegou o influenciador.