A mãe do jovem de 17 anos, que foi preso após atirar coquetéis molotov contra uma escola em Monte Mor, na região metropolitana de Campinas, no interior de São Paulo, afirma que o filho “não queria matar ninguém”. A mulher ressaltou que acredita que o garoto foi influenciado por alguém e assegurou: “ele não é nazista”.

De acordo com informações do portal Metro World News, o caso aconteceu na manhã desta segunda-feira (13), na Escola Estadual Professor Antonio Sproesser. Por meio de imagens obtidas pela câmera de segurança da escola, é possível ver quando o adolescente se aproxima e retira explosivos de um carro e joga contra a unidade de ensino.
As bombas eram feitas com garrafas pet contendo gasolina e pregos. O jovem, também estava portando uma machadinha no momento em que arremessou os artefatos explosivos.
Veja no vídeo o momento exato que o jovem jogas os explosivos 3l3113
Tentativa de ataque a uma escola.
Momento em que terrorista joga bombas em uma escola de Monte Mor, SP.
Ele foi capturado pela Polícia Militar
sem que ele conseguisse invadir a escola.O terrorista estava portando bombas e um machado. pic.twitter.com/UkVan4RK3W
— Leandro MoiKano 🇧🇷 (@leandro_moikano) February 13, 2023
Segundo relato de testemunhas, o jovem não conseguiu entrar na escola, mas jogou duas bombas na entrada. Por conta disso, houve tumulto entre os mais de 300 estudantes com idades entre doze e 15 anos que frequentam o local, mas ninguém ficou ferido. Depois disso, o menor foi apreendido.
A mãe do adolescente, que não quer ser identificada, concedeu uma entrevista ao portal UOL. Ela disse que percebeu quando o filho saiu de casa com o carro dela e chamou a Polícia Militar.
“Para mim, ele estava no banheiro, porque eu ouvi a porta fechar e fiquei tranquila. Daqui a pouco, ouvi o barulho do carro, saí correndo. Falei: ‘para’. No que eu gritei para ele parar, ele já saiu arrancando o carro com tudo. Coisa que ele nunca fez, porque ele não conseguia tirar o carro da garagem”, contou ela.
A mãe falou ainda, que o menor ou dois dias trancado no quarto antes de cometer o ataque. O jovem teria dito ainda, que queria comprar gasolina para fazer um vídeo para o Youtube. Como ele tinha receio de sair de casa, ela não acreditou que conseguiria ter o ao material.
“Ele é medroso. Tem medo de tudo. Não saía para a rua para nada, de tanto medo que ele tinha. Nós até demos um cachorro para ele, para ver se ele conseguia sair de casa, porque ele queria um cachorro para se proteger”, afirmou ela.
Influência e Bullying 591133
A mãe contou que o jovem já estudou na escola atacada, mas desistiu de estudar desde os dez anos de idade. Nessa época, foi quando começou a mudar de comportamento e se isolar dentro do próprio quarto.
“Muitas pessoas já falaram que ele sofria muito bullying. Eu não sabia, por que ele não me contava. Ele dizia que não queria ir para a escola mais e se trancava aqui dentro. Ele não pensa igual à gente, falar de Deus dá briga, porque ele não aceita. Ele nunca se vestiu de preto, ele nem gostava de roupa preta. As roupinhas dele eram bem branquinhas, bonitinhas. Do nada, ficou destruído o quarto. Tudo escuro”, relatou ela.
A mulher acredita que o filho estava sob influência de alguém na internet e que, por isso, acabou cometendo o ataque na escola. “É meu menino, mas vamos pesquisar, não tem nada de mau, ninguém se machucou. Eu não sei o que aconteceu. Foi tudo por influência da internet. Ele estava falando com alguém. Eu creio que ele fez isso a mando de alguém, alguma conversa, mas assim ninguém se machucou”, ressaltou ela.
Investigação 76049
Logo após o menor ser apreendido, a polícia revistou o carro utilizado no ataque e também vasculhou a casa do adolescente. Lá, foi encontrado um caderno com símbolos nazistas onde ele manifestava seu desejo de atacar a escola.
No quarto do jovem também foi identificado uma réplica de um fuzil e livros com conteúdo nazista. A mãe disse que nunca teve conhecimento do significado do símbolo da suástica e disse que o adolescente alegava que fazia coleção de imagens.
“Eu não conhecia essas coisas. Na minha cabeça, nem ava isso. Depois, fiquei sabendo que outras pessoas que têm esse símbolo aí são procuradas”, afirmou ela.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil de Monte Mor. Já a prefeitura disse que foi um fato isolado, mas que a segurança em todas as outras escolas da cidade será reforçada.
”A prefeitura repudia veementemente o que ocorreu aqui e a gente está dando todo e para as escolas para poder não ter mais esse tipo de ação. A escola está fechada até a perícia”, disse o secretário de Segurança.
*Com informações do portal Metro World News.