O comediante Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, tornou-se réu no caso de estelionato pelo qual foi preso preventivamente no último domingo (14), em Jurerê Internacional.

Ele é acusado de participar da comercialização – por meio de uma loja virtual de fachada – de eletrodomésticos e eletrônicos com preços abaixo do mercado, sem efetuar a entrega dos produtos.
Cerca de 370 pessoas foram vítimas do golpe, segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul. O prejuízo chega a R$ 5 milhões.
Conforme a denúncia do MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul), Nego Di “utilizava de sua popularidade para conferir credibilidade às promoções, sem promover a entrega dos bens às vítimas e nem ressarci-las dos valores pagos”.
Dentre os produtos revendidos pela loja virtual, estavam aparelhos de ar condicionado, celulares e televisores. Os preços ofertados pela ‘Tadizuera’ eram muito abaixo dos praticados pelo mercado.
A denúncia, segundo o MP, foi oferecida em 14 de junho deste ano e recebida pelo Poder Judiciário em 17 de junho.
O ND Mais entrou em contato com a defesa de Nego Di, mas não houve retorno até a última atualização desta matéria. O espaço permanece aberto.
Nego Di e esposa foram alvo de operação do MPRS 3w5py
Na sexta-feira (12), Nego Di e a esposa, Gabriela Sousa, também foram alvos de uma Operação do MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul), na investigação que apura um esquema de lavagem de dinheiro por meio de rifas virtuais divulgadas nas redes sociais.

A prisão do comediante ocorreu dias depois, em um desdobramento de uma investigação da Polícia Civil que começou em 2022.
À época, as movimentações entre a loja virtual “Tadizuera”, utilizada para promover os produtos, e as contas do influenciador ultraaram a marca dos R$ 5 milhões. Além das vendas, Nego Di também divulgava sorteios com prêmios como valores em PIX, videogames e celulares.
Sócio na loja de Nego Di é investigado por fraude milionária 37565z
A loja de Nego Di, ‘Tadizuera’, foi aberta pelo empresário Anderson Boneti, quem o comediante conheceu ao final de 2021. À época, Boneti já era réu por integrar uma organização criminosa, investigada por furto qualificado virtual de R$ 30 milhões da conta bancária de uma empresa.
Boneti é considerado o autor intelectual dos crimes, segundo a polícia.