No robusto inquérito policial que baseou a deflagração da 2ª fase da Operação Presságio, nesta quarta-feira (30), chama a atenção a promiscuidade dos envolvidos no esquema criminoso.

Desde a imoralidade empregada, até os “cuidados” tomados para que o dinheiro chegasse ao “topo” do grupo na pessoa do ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Ed Pereira.
Um exemplo disso foi o BO (Boletim de Ocorrência) registrado pelo então secretário no dia 24 de julho de 2023, revelando que 11 dias antes, uma sala localizada na arela Nego Quirido foi encontrada em “situação deplorável”, onde pessoas teriam invadido e feito uma espécie de “limpa”.
No documento lavrado na 1ª Delegacia de Polícia da Capital, Ed Pereira justificou que documentos e itens de prestações de contas “desde 2014” foram arruinados e que, diante desse episódio, foi feita uma “mudança de prédio para armazenamento dos documentos”.
O detalhe é que, ainda segundo a investigação da Polícia Civil, esse dia teria sido uma das maneiras de “queimar” provas que pudessem expor o esquema já que, a essa altura, os atores já desconfiavam de eventuais investigações em curso.
Operação Presságio 476y6c
2021 foi o ano em que iniciou a investigação de um crime ambiental de poluição que estaria ocorrendo por meio da empresa Amazon Fort em um terreno, adjacente à arela Nego Quirido, em Florianópolis.

17 meses foi o tempo que vigorou o contrato entre Amazon e Prefeitura de Florianópolis, sendo que R$ 29 milhões foi o total pago à empresa.