A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) irá inaugurar nesta sexta-feira (25) a primeira usina de hidrogênio “verde” do Estado. O empreendimento pioneiro contará com a cooperação técnica da Alemanha e ajudará em projetos de geração de “energia limpa” e conservação do meio ambiente.
A inauguração da usina deve contar com a participação do ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. O empreendimento ficará no espaço do Laboratório Fotovoltaico da UFSC, no Sapiens Parque, no bairro Canasvieiras, na região Norte da Capital.
Conforme o professor e coordenador do Grupo Fotovoltaica da UFSC, Ricardo Ruther, o hidrogênio verde é obtido com o uso de uma fonte renovável de energia (eólica ou solar) e no processo de eletrólise da água (processo que divide a água em hidrogênio [H2] e oxigênio [O2]).
Esse processo pode ser feito com outros combustíveis fósseis como o carvão e o gás natural, contudo o processo gera gases de efeito estufa na atmosfera. Para o hidrogênio ser considerado “verde”, ele precisa ser gerado a partir de fontes totalmente renováveis de energia.
Instalação da usina de hidrogênio deve aumentar a geração de energia solar 6f4621
A nova usina da UFSC contará com um processo inovador na geração de energia elétrica através do Sol. Conforme a UFSC, parte dessa energia virá da recém-inaugurada Planta Solar Piloto de Módulos Bifaciais.
Essa tecnologia (bifacial) é capaz de gerar energia com radiação direta do sol e também da refletida pelo solo, aumentando a captação para converter em energia elétrica. O empreendimento é uma parceria do Laboratório Fotovoltaica com a CTG Brasil, multinacional da área de energia.

Além disso, para maximizar a captação e produção de energia elétrica para a usina, serão usadas placas solares com um projeto inovador. Conforme a UFSC, nesse novo método as placas solares são o próprio telhado e os revestimentos das parede.
No total, serão investidos cerca de R$ 14 milhões para a produção de energia elétrica, hidrogênio e amônia verdes no laboratório. A previsão é de que o potencial máximo de geração seja de 4,1 Nm3/h (normal metro cúbico por hora de hidrogênio verde) e produção máxima de 1 kg/h de amônia.
Já a produção diária não pode ser medida pois vai depender da irradiação solar e, consequentemente, da geração fotovoltaica de cada dia.