Astrônomos profissionais e amadores de todo o mundo aguardam a agem de um dos cometas ativos mais distantes já vistos, e que, nesta quinta (14), fará sua máxima aproximação com a Terra. O Brasil será uma região privilegiada, segundo pesquisadores.

Apesar de ser considerado o maior cometa já visto, o objeto não será visível a olho nu, mas poderá ser encontrado com pequenos telescópios ou até mesmo lunetas, desde que o observador esteja em locais com pouca poluição luminosa.
Segundo o físico Marçal Evangelista Santana, doutorando em astronomia, os observadores que estiverem no hemisfério sul serão privilegiados para observar o cometa em quase toda a noite desta quinta. Para tanto, basta olhar para a constelação de Ophiuchus, tendo como referência a constelação de Escorpião, como mostra a imagem abaixo.

O aguardado encontro acontecerá às 00h09 (horário de Brasília), quando o cometa K2 ará a 270,5 milhão de quilômetros do nosso planeta.
Megacometa K2 44392a
Descoberto em 2017, o cometa já se mostrava bastante ativo, apresentando uma enorme nuvem de poeira de 128 mil km de largura, quando estava há mais de 2,4 bilhões de km da Terra.
Observações iniciais do Telescópio Espacial Hubble, da NASA, apontam que o núcleo do cometa K2 pode ter, no máximo, 18 km de diâmetro. Para comparação, o famoso cometa Halley tinha um núcleo medindo entre 8 e 15 km de diâmetro.

O K2 é originário da Nuvem de Oort, que abriga centenas de bilhões de cometas e se estende por quase um ano-luz. Acredita-se que esta seja a primeira vez que o K2 viaja entre os planetas do Sistema Solar.
Como está seria a primeira vez que o objeto se aproxima do Sol, os astrônomos terão a oportunidade de estudar os materiais deste cometa primitivo, revelando como pode ter sido a composição da nebulosa que deu origem ao Sistema Solar, há cerca de 4,6 bilhões de anos
Cometas 375c14
Os cometas são objetos feitos principalmente de gases congelados, rocha e poeira, que ficam mais ativos na medida em que se aproximam do Sol. Isso ocorre porque o calor do astro aquece o cometa, fazendo com que seu gelo se transforme em gás. Neste processo de sublimação, forma-se uma nuvem ao redor do cometa, também conhecida como cauda.
* Com informações da Agência Brasil