Conservação da biodiversidade: projeto em Florianópolis atua na preservação das lontras w574n

Desenvolvido por um oceanógrafo que se encantou com a espécie na Lagoa do Peri, o local é cercado pela Mata Atlântica e considerado um santuário desses animais 584z2r

Uma iniciativa em Florianópolis tem atuado com o objetivo de preservar as lontras que chegam ao litoral catarinense. É o Projeto Lontra, que nos últimos 14 anos tem projetado Santa Catarina como um centro brasileiro de turismo de conservação da biodiversidade.

Conservação da biodiversidade: projeto em Florianópolis atua na preservação das lontrasProjeto Lontra atua na preservação da espécie em Florianópolis – Foto: Divulgação/Redes Sociais/ND

Desenvolvido pelo oceanógrafo Oldemar Carvalho Junior há mais de 36 anos, que se encantou com a espécie na Lagoa do Peri, o local é cercado pela Mata Atlântica e considerado um santuário desses animais.

O Projeto Lontra deu frutos e foi o responsável pela criação do Instituto Ekko Brasil, em 2004. O objetivo do instituto é coordenar e apoiar projetos que tenham como foco a conservação da biodiversidade e o turismo de conservação.

Atualmente, as ações do Lontra abrangem a recuperação, conservação e ampliação do conhecimento técnico sobre lontras e outros integrantes da família Mustelidae.

Os trabalhos são realizados por meio de dois centros de pesquisa, conservação e educação ambiental em dois importantes biomas, Mata Atlântica e Pantanal.

Aberto ao público, o espaço em Florianópolis recebe turistas, escolas e a comunidade diariamente. Os estudantes de nível infantil am por uma verdadeira aula sobre educação ambiental antes de conhecerem os animais, num lugar preparado especialmente para recebê-los.

A educadora ambiental Elisa Bacci tenta transmitir nessas aulas o “encantamento” para as crianças. “Eu tento trazê-los para esse universo da natureza de uma forma lúdica e fazer essa sensibilização utilizando a lontra como personagem”, comenta.

Família Mustelidae 2h1l64

As lontras dividem espaço com outros animais da família, chamada Mustelidae, como iraras e furões. A irara é uma espécie onívora, terrestre e arbórea, que gosta de subir em árvores para fazer a caça e a coleta de frutas. Os furões são ativos, sociáveis e uma espécie 100% carnívora.

Irara macho, de aproximadamente 5 anos, cheia de energia – Foto: Divulgação/Redes Sociais/NDIrara macho, de aproximadamente 5 anos, cheia de energia – Foto: Divulgação/Redes Sociais/ND

As iraras podem caçar macacos, ovos de aves, alguns tipos de mamíferos e répteis. Além disso, elas também são conhecidas como papa-mel. “São diurnas e adoram invadir colmeias de abelhas e têm uma super resistência às picadas”, descreve a educadora ambiental.

A Chape, como foi batizada, foi primeira furão resgatada a chegar no projeto. Os animais que chegam ao local são órfãos e, por esse motivo, não retornam para a natureza.

Os furões são cheios de energia e só dormem após a alimentação – Foto: Divulgação/Redes Sociais/NDOs furões são cheios de energia e só dormem após a alimentação – Foto: Divulgação/Redes Sociais/ND

“Eles têm uma aproximação muito grande com os humanos e por conta disso não soltamos eles na natureza, pois eles podem se aproximar de pessoas e queremos mantê-los em segurança”, relata Elisa.

Os pequenos furões são mais fortes do que se imagina. Eles podem atacar animais com até três vezes o seu tamanho. Segundo a educadora ambiental, na natureza, se estiverem em 10 furões juntos, por exemplo, eles atacam animais muito maiores que eles.

As lontras 3n3h4v

São apenas 11 espécies de lontras existentes no mundo. A lontra neotropical brasileira tem como parentes próximos, pertencentes à mesma família, o furão, a doninha, a irara e a ariranha. A espécie de lontra encontrada no Brasil é a Lontra longicaudis.

As lontras, quanto mais jovens, mais sociáveis são e interagem mais com as pessoas. O Fred é o adolescente do projeto na Capital. Ele foi resgatado na casa de um biólogo, em Porto Belo, litoral catarinense.

O biólogo seguiu o protocolo: esperou a mãe de Fred aparecer e como não a encontrou, levou a jovem lontra para o espaço e os cuidados necessários em Florianópolis. Da mesma forma que acontece com os furões, Fred não voltará para a natureza.

Desde 2018, nove lontras nasceram no projeto. Elisa ressalta ainda que as lontras criadas com a mãe não possuem a mesma ligação com os humanos, o que facilita o retorno delas à natureza.

“Nós já escrevemos um projeto de soltura, mas para isso precisamos de um patrocinador que nos ajude com a criação de um espaço, fechado para visitação, pois não ter contato com os humanos é importante nesse processo de voltarem para a natureza”, afirma.

Espécie ameaçada 2d6ya

A lontra é uma espécie considerada ameaçada pela Cites (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção, em tradução livre), da qual o Brasil é signatário, pela Usesa (Ato pelas Espécies Ameaçadas dos Estados Unidos) e “quase ameaçada” pela IUCN (União Internacional pela Conservação da Natureza).

Além da importância ecológica, a lontra também tem importância econômica. É tão importante que a IUCN possui um grupo especializado na espécie, o IUCN Otter Specialist Group.

Benefícios econômicos 3h705r

Nos últimos 10 anos, a lontra tem se destacado pela capacidade de mobilização social e pelos benefícios econômicos advindos do turismo de conservação. Muitas comunidades têm se beneficiado da presença da espécie.

Estudantes da educação infantil visitam o projeto e recebem aula sobre educação ambiental – Foto: Divulgação/Redes Sociais/NDEstudantes da educação infantil visitam o projeto e recebem aula sobre educação ambiental – Foto: Divulgação/Redes Sociais/ND

Santa Catarina, por meio do Projeto Lontra, representa o estado líder no Brasil nesse segmento. A lontra é um mamífero, predador carnívoro por excelência, topo de cadeia trófica.

Desempenha o mesmo papel ecológico da onça, mas na água. Tímida, mais ativa durante a noite, é um animal difícil de ser avistado no ambiente selvagem, sendo que poucos se dedicam ao estudo dela em função das dificuldades. A falta de conhecimento é uma das maiores ameaças à espécie.

Serviço:

Horários de visitação: De segunda a sábado, das 8h às 10h da manhã e das 16h às 18h da tarde.

Taxa de visitação: R$40,00 a inteira e R$20,00 a meia entrada (de acordo com a lei municipal de Florianópolis). Não é necessário agendar.

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Floripa 350 3v1j3b

O projeto Floripa 350 é uma iniciativa do Grupo ND em comemoração ao aniversário de 350 anos de Florianópolis. Ao longo de dez meses, reportagens especiais sobre a cultura, o desenvolvimento e personalidades da cidade serão publicadas e exibidas no jornal ND, no portal ND+ e na NDTV RecordTV.

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