Com pouco mais de um mês de verão, diversas praias do Litoral Norte de Santa Catarina estão impróprias para banho. O mais recente relatório do IMA (Instituto do Meio Ambiente) apontou problemas em diversos pontos de Balneário Camboriú, Itajaí, Balneário Piçarras e Penha.

A chamada análise de balneabilidade é feita pelo CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina), fcoletando amostras de água das últimas semanas. Quanto maior a concentração da bactéria Escherichia Coli, menos própria está, caso das orlas da região.
As praias mais prejudicadas são a Central de Balneário Camboriú, Brava, de Itajaí, e a de Balneário Piçarras, que estão com todos os pontos impróprios para banho.

Penha, por sua vez, tem um único ponto com boa balneabilidade, o da Prainha. De resto, toda a orla recebeu a bandeira vermelha do Corpo de Bombeiros.
A balneabilidade das praias não depende somente de poluição direta de banhistas. As chuvas também são um fator crucial, já que aumentam a turbidez da água e carregam dejetos à orla. Como o Litoral Norte sofreu com o mau tempo nas últimas semanas, foi prejudicado.

Entenda como é feita a análise das praias pelos Bombeiros h1648
Para uma praia estar própria para banho, precisa ter uma medição de E.Coli em NMP/100mL abaixo de 800 em um conjunto de amostras das últimas cinco semanas. O termo significa a concentração de Escherichia Coli por 100 mililitros.
O procedimento costuma ser iniciado por guarda-vidas do CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina). Eles coletam amostras de água nas praias analisadas e enviam ao IMA, ou a empresas contratadas para fazer o serviço.

Com o material em mãos, a equipe da entidade responsável dilui 10 ml da porção em 90 ml de água e inserem um produto que serve para a bactéria se desenvolver. Após isso, colocam em uma cartela e a amostra se subdivide em celas, o que dificulta a proliferação da E.Coli.
A quantidade obrigatória das últimas cinco semanas para a água estar própria para banho é de, no máximo, 800 E.Coli em NMP/100mL, mas ela pode estar mais bem preservada. Com menos de 500 a balneabilidade está “muito boa” e se não ar de 250, está “excelente”.
No entanto, as praias também podem estar impróprias caso a última amostragem apresente um valor superior a 2.000 E.Coli por 100 mililitros, dispensando a necessidade de cinco semanas de cálculo.