Relatório da ONU sobre o clima indica ‘alerta vermelho’, diz secretário-geral 294j7

Documento divulgado nesta segunda (9) pelo Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas mostra uma avaliação científica dos últimos sete anos 15286u

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, classificou como “alerta vermelho” sobre as energias fósseis que “destroem o planeta”.

O relatório foi divulgado pelo Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) nesta segunda-feira (9).

António Guterres pede que não haja explorações de combustíveis fósseis depois de 2021 – Foto: Fotos Públicas/ UN Photo / Jean-Marc Ferré/NDAntónio Guterres pede que não haja explorações de combustíveis fósseis depois de 2021 – Foto: Fotos Públicas/ UN Photo / Jean-Marc Ferré/ND

Segundo avaliação de Guterres em comunicado, o relatório mostra uma avaliação científica dos últimos sete anos e “deve significar o fim do uso do carvão e dos combustíveis fósseis, antes que destruam o planeta”.

O secretário pede que nenhuma central de carvão seja construída depois de 2021. “Os países também devem acabar com novas explorações e produção de combustíveis fósseis, transferindo os recursos desses combustíveis para a energia renovável”, acrescentou Guterres.

O relatório estima que o limiar do aquecimento global (de + 1,5° centígrado), em comparação com o da era pré-industrial, vai ser atingido em 2030, dez anos antes do que tinha sido projetado anteriormente, “ameaçando a humanidade com novos desastres sem precedentes”.

“Trata-se de um alerta vermelho para a humanidade”, disse António Guterres. “Os alarmes são ensurdecedores: as emissões de gases de efeito estufa provocadas por combustíveis fósseis e o desmatamento estão sufocando o nosso planeta”, disse o secretário.

No mesmo documento, ele pede igualmente aos dirigentes mundiais, que se vão reunir na Conferência do Clima (COP26) em Glasgow, na Escócia, no próximo mês de novembro, que alcancem “sucessos” na redução das emissões de gases de efeito estufa.

“Se unirmos forças agora, podemos evitar a catástrofe climática. Mas, como o relatório de hoje indica claramente, não há tempo e não há lugar para desculpas”, apelou Guterres.

Relatório 3m4n6l

De acordo com o documento do IPCC, a temperatura global subirá 2,7 graus em 2100, se se mantiver o atual ritmo de emissões de gases de efeito estufa. No novo relatório, que saiu com atraso de meses devido à pandemia de Covid-19, o considera vários cenários, dependendo do nível de emissões que se alcance.

Manter a atual situação, em que a temperatura global é, em média, 1,1 grau mais alta que no período pré-industrial (1850-1900), não seria suficiente: os cientistas preveem que, dessa forma, se alcançaria um aumento de 1,5 grau em 2040, de 2 graus em 2060 e de 2,7 em 2100.

Esse aumento, que acarretaria mais acontecimentos climáticos extremos, como secas, inundações e ondas de calor, está longe do objetivo de reduzir para menos de 2 graus, fixado no Acordo de Paris, tratado no âmbito das nações, que fixa a redução de emissão de gases de efeito estufa a partir de 2020, impondo como limite de subida 1,5 grau centígrado.

O estudo da principal organização que estuda as alterações climáticas, elaborado por 234 autores de 66 países, foi o primeiro a ser revisto e aprovado por videoconferência.

Os peritos reconhecem que a redução de emissões não terá efeitos visíveis na temperatura global até que se em duas décadas, ainda que os benefícios para a contaminação atmosférica possam ser notados em poucos anos.

*Com informações da RTP

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