
Ser Tão, por Allana Natasha. A coleção Ser Tão é inspirada na obra literária "O Grande Sertão: Veredas" de Guimarães Rosa, busca trazer consigo os versos a respeito de um romance clandestino vivido por Riobaldo e Diadorim tendo como cenário brasileiro o sertão mineiro. O Rio São Francisco citado na história foi utilizado como fonte principal de inspiração na coleção para representar as diversas sinas que se perpetuam em diferentes curvas e caminhos entre as margens contrastantes das veredas de um mesmo rio que, apesar de único, é plural. A aura que perpetua a coleção permeia na vida existente no cerrado, abordando as pessoas e a flora local, além de brincar com o contraste entre os tecidos complementados pelas cores terrosas presentes na paisagem sertaneja - Tainá Bernard/Divulgação

Matizes Africanas, por Ana Beatriz Vieira. Pretos no topo! A partir da influência dos jovens talentos da música, arte, cinema e moda que inspiram o Festival Afropunk, a coleção Matizes Africanas traz ao público cores fortes, materiais leves e movimentos enérgicos que expressam a completa liberdade de um corpo entregue à dança e à música. Assim como o festival, cujo principal objetivo é dar visibilidade a talentos da comunidade negra, a coleção buscou trabalhar com referências negras desde referências imagéticas até a trilha sonora – a fim de ampliar a oportunidade de negros contarem e, principalmente, construírem suas próprias histórias. Matizes Africanas é o momento de conexão de nossos corpos e nossas emoções com a leveza e liberdade de um transe musical e dançante. - Tainá Bernard/Divulgação

Devir, por Ana Paula Machado. Ser e não ser. Mútavel. O ser humano, os animais, a fauna, o tempo. TUDO MUDA, nada permanece constante e estável. A vida é uma bagunça, tem como regra não ter regras e nem previsibilidade. Estamos, constantemente expostos ao DEVIR. Temos em nós a inconstância e como única certeza que tudo muda. Não permanecemos sempre os mesmos, mas sempre devemos ser nós mesmos. A coleção traz o conforto do ser e não ser ao mesmo tempo. Traz consigo as linhas incertas, a essência do inquieto no toque macio do algodão com o enrugado do crepe. As linhas incertas e curvas das estampas trazem consigo o fluxo e a inconstância das mudanças. Devir é para aqueles que procuram modelagens largas, confortáveis e minimalistas, para ser e não ser o que quiser. - Tainá Bernard/Divulgação

TREMONTA, por Andressa Castaman. Está no sentido de ver além da matrix, expandir a visão e também a percepção. TREMONTA surge como uma crítica às tentativas de normalização de indivíduos. Ao se apropriar do livro “As Portas da Percepção” de A. Huxley, cria-se uma coleção com foco em estímulos visuais, que exprime o conceito da expansão da consciência de forma a interpretar as diferentes visões de mundo de cada "eu" presente no mesmo. Imerge-se ao tema quando, em uma cocriação com pacientes de um CAPSad III, foram realizadas as estampas da coleção a partir de fotografias. O propósito é relembrar que não podemos definir o que seria a realidade absoluta, já que cada um, de fato, tem a sua. E que, por mais que desejemos, nunca veremos o mundo pelos olhos dos outros. - Tainá Bernard/Divulgação

FRACTOS, por Anelise Ternus Pedó. Partindo da observação dos fractais, notou-se que sua organização, em um primeiro momento parece caótica, em razão da sua repetição em qualquer escala. Porém, essa repetição se dá de maneira ordenada entre seus encaixes; toda natureza é um fractal e se organiza entre si. O fractal é caos e ao mesmo tempo ordem. Dessa observação, e fazendo analogia aos sentimentos, que quando afloram parecem caóticos e não fazer sentido, mas ao entendê-los. compreendemos que eles se encaixam dentro de nós fazendo-se necessários. A coleção Fractos materializa a conexão entre caos e ordem, através do antagonismo de tecidos leves e pesado. Peças estruturadas com lã sobrepondo peças leves em crepe, formas distintas que se alinham para formar um todo ordenado. - Tainá Bernard/Divulgação

Amálgama, por Antonella Possamai. Entre os sentidos, o escuro parece nos assombrar. Um quê de medo, mas de onde exatamente? A coleção Amálgama apresenta uma imersão aos níveis da consciência onde o caos, as falhas, a distorção e a desordem prevalecem. Convida a olhar para dentro e a explorar as incertezas através de experimentações internas e externas guiadas por uma lente abstrata, psicodélica e ilusória. Para isso, o choque entre a razão e a emoção é colocado em evidência e materializado no contraste entre a seriedade da alfaiataria e da paleta de cores frias e a confusão promovida pelos designs de superfície. A mescla de diferentes materiais, cores, movimentos, intensidades e frequências geram um conflito estético que integra o processo de (re)conhecer a si mesmo. - Tainá Bernard/Divulgação

DELUSION, por Aryana Luiza dos Santos. “Desilusão. A ilusão do ser humano como parte do todo, chamado por nós de Universo, uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experimenta a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos como algo separado do resto – uma espécie de ilusão de ótica de consciência. Superar essa desilusão é a única forma de alcançar a verdadeira paz de espírito.” - Albert Einstein A coleção é uma interpretação pessoal da definição de Desilusão segundo Einstein. DELUSION traz feminilidade, sobreposição, movimento, luz e transparência, busca a idealização de sentimentos profundos, de identidade e pura essência. De sentimentos que podem não ser reais em matéria, mas são muito reais para a pessoa que está vivenciando. De Desilusão. - Tainá Bernard/Divulgação

Ata-Me, por Emanueli Reinert Dalsasso. “Ata-Me” fala sobre corpos e sua sexualidade, buscando mostrar como isso é algo a ser explorado dentro das nossas subjetividades, quebrando tabus e nos libertando de preconceitos e medos. A tensão das cordas revela sua dualidade: enquanto amarram e restringem, elas permitem a liberdade para a busca e entendimento dos nossos corpos. É uma busca àquilo que nos faz bem e, em última instância, a nós mesmos. Viver enquanto seres sexuais é constantemente entender e conquistar, através do prazer, o autoconhecimento. Os nós dão a cadência e as voltas pelo corpo se moldam às vontades e experiências de cada um. Se nossos corpos são livres, nossos corpos são arte. Se nossos corpos são livres, somos performance. E tudo isso nos faz plurais. - Tainá Bernard/Divulgação

Persépia, por Gabriela Pola. Tão divertida quanto um banho de chuva no verão e tão macia quanto algodão doce. Para descobrir, explorar, criar novas formas de ser e brincar. Persépia parte da forma rica com a qual crianças percebem o mundo, materializando e unindo ideias através das experiências multissensoriais, sendo totalmente inspirada pela gastronomia, que auxilia a materializar os cheiros, as cores, as formas e o toque. A coleção também faz contraponto a adultização e sexualização de crianças, cada vez mais latente nas mídias físicas e digitais. Desafiando os limites de expressão estabelecidos pelos estereótipos de gênero, faz do vestir um exercício de criatividade. Persépia é para criança que gosta de brincar, não é pra ele, nem pra ela, é para todo mundo. - Tainá Bernard/Divulgação

Resgate, por Isadora Dourado dos Santos. Na entrada da catacumba o aviso da maldição. O afronte europeu invadiu mais uma parte da estória. Ao longo do processo criativo, foi inevitável não associar as consequências causadas pelos fungos com a abertura da pirâmide de Tutankamon e os levantes negros que acontecem diariamente para romper o sistema racista em que vivemos. *Toda ação uma reação*. A coleção Resgate foi desenvolvida através da técnica de Upcycle, reaproveitando malha e jeans já utilizados pela indústria têxtil. A malha marcada com os bordados para além de enfeitar, traz resistência e união às camadas de tecido, inspiração vinda das rotas trançadas nos cabelos, nos enraizamento dos fungos e na caminhada do dia a dia. Trazer em si seu ado e projetar o futuro no agora. - Tainá Bernard/Divulgação

DESPERTA, por Joyce Rosa. Muito além de uma simples falácia encontra-se o despertar da confiança e do autocuidado. Uma luta diária, um processo, um conjunto de coisas graduais. Este é o momento da “roupa de baixo” como protagonista, sobressaindo-se, representando e expondo a íntima busca pela solitude. Inspirada na tendência do sport junto ao beachwear, a estética prioriza a valorização dos corpos – descartando a ornamentação tradicional, com uso de materiais confortáveis e recortes estratégicos que transitam sob camadas de transparência, sugerindo a repressão e a censura ao amor próprio. É a lingerie que escandaliza, conforta, eleva, mas que também compõe a intimidade. O gatilho necessário para permitir que a pluralidade do âmago desperte para a liberdade de ser. - Tainá Bernard/Divulgação

Calçadão 18, por Laila Mafra de Andrade. A coleção “Calçadão 18” é a expressão da essência humana por baixo de todas as formalidades! Por aqui é permitido ser banal, conversas fúteis são bem-vindas e o encanto por qualquer bugiganga de camelô é inevitável... Ironizando a imposição social de termos que assumir um estereótipo, ou seja, nos portar de maneiras diversas a cada contexto em que somos inseridos, a materialização das peças de “Calçadão 18” vai de encontro à maior expressão formal da moda, a alfaiataria, e é por meio dela que a ideia de formalidade perde o sentido quando posta enquanto cores vibrantes, proporções desregradas, violação de tradições e um contato mais próximo e possível. - Tainá Bernard/Divulgação

Díada, por Laura Marterer. Uma música quando vibra, pode remeter ao momento mais lindo ou ao mais tenso já vivido. Enche o corpo de desejos e traz à tona memórias antes ocultas. A partir da sensação de explosão de vida acompanhada pelo inconformismo político ao ouvir a música “Lucro” do grupo BaianaSystem, nasce a coleção DÍADA. Representando a dualidade da própria explosão, caracterizada por ser um grande desprendimento de energia tendo como ponto de início a compressão, a coleção traz o corpo preso e a sua libertação. DÍADA instiga o imaginário provocado pelas sensações que fluem ao longo do corpo contagiado pela música, através de volumes e linhas contínuas que conduzem os olhos ao movimento. Força e delicadeza somadas à arte do vestir. Pura poesia materializada. - Tainá Bernard/Divulgação

ATHLEISURE, por Laura Widmann. Athleisure. Sua origem vem da necessidade da vida rápida, de dias completos onde agilidade é o foco principal. De forma minimalista, lisa e harmônica permeia ambientes distintos em um só propósito: se adequar a agitação cotidiana e ainda assim, aliar-se ao cuidado consigo, numa atitude saudável. Não há tempo a perder, em um instante aqui, noutro acolá. Dessa maneira, Athleisure nasce e se dispõem a prover necessidades tanto casuais quanto despojadas e esportivas, sendo capaz de agregar funcionalidade e ergonomia aos adeptos de um estilo de vida com essa intenção. Transparência, conforto, agilidade e estética, aliados à uma vida dinâmica e equilibrada, compõe a coleção Athleisure, onde ficar parado não é uma opção. - Tainá Bernard/Divulgação

Mutatio, por Laura Simiano. Inspirado em sobreposições e distorções, a coleção MUTATIO busca alterar formas e padrões estéticos relacionado ao universo feminino. Segundo o dicionário brasileiro a palavra feminilidade significa uma qualidade ou caráter de mulher; atitude feminina; feminidade. A Feminilidade possui um conceito irregular e como tal deve ser alterado, revisto e adequado aos diferentes perfis e atitudes. Sem ter foco em qualquer gênero específico, a coleção traz as formas e padrões da alfaiataria clássica desconstruída através da principal matéria prima: O JEANS. Por meio de assimetrias e irregularidades criadas no jeans a coleção altera padrões e cria novos conceitos e vertentes quanto a leveza feminina estética, modificando e adequando aos novos perfis. - Tainá Bernard/Divulgação

FUZUÊ, por Letícia Caponera Silva. Uma folia coletiva fruto de trocas de amor e afeto entre grupos invisibilizados, de conversas infinitas sobre não ser, da urgência de debater vivências silenciadas, não só entre nós, mas de um modo coletivo. Um encontro de vida até porque para esses grupos viver e resistir, se fazer ver para aqueles que ignoram o seu viver. Representa um grito entalado na goela, não pela falta de dizer, mas pela falta de ser ouvido. Indo além do corpo, além do gênero, além do binarismo, além da cor e forma. Assim cria-se Fuzuê, traduzido do sentimento em formas abstratas e volumes abundantes, inegavelmente ímpares. Coloridos em tons tão intensos quanto a resistência que lhe origina, em tons vibrantes que gritam protesto e vida. Fuzuê é mais que só roupa, são vidas! pessoas! São vivências! - Tainá Bernard/Divulgação

Fifears, por Manuela Heberle de Carvalho Bastos. Diversas possibilidades surgem enquanto vagamos entre a imensidão do mundo. Por trás do comodismo existe uma pluralidade de emoções: incertezas, medo, prendimento e monotonia. O que antes considerava-se limitação, na verdade, é o desencadeador do desejo por desbravar novos ares e horizontes anteriormente não considerados. A mesmice desperta o sentimento de insaciedade, a vontade de desvendar o mundo e suas sensações. Assim nasce Fifears, uma coleção refinada, que representa um espírito explorador de grandes centros, unindo sutilmente emoções gritantes e a materialização do espaço cidade. As sobreposições, escolha de materiais contrastantes e jogos com formas demonstram a leveza e a força do ninho de sentimentos que envolvem Fifears. - Tainá Bernard/Divulgação

01 cópia barata, por Maria Eduarda Hoffmann. A grandiloquência e a descaracterização resultam em uma cópia barata para o consumo a largo alcance. Memórias híbridas coletivas projetam-se em uma performance social embebida em um estado temporário da contaminação do moral pelo estético. Efeito sem causa, sem espaço próprio, sem espaço alheio, sem tempo e sem história: num corpo matéria falso, a arte também há de ser falsa, transitando em um espectro do ridículo libertador insuflado pela perspectiva plástica do Kitsch. A falsificação do material reporta-se à sinestesia sintética: cores ácidas e texturas adulteradas e ilegítimas em composição de excessos e conflito entre opostos. Sinóptico breve e concentrado. Fluído líquido em transição: tóxico para consumo. - Tainá Bernard/Divulgação

Guindaste, por Maria Manoela Lampert Ceolin. Em torno de processos de engajamento e motivação do ser, cores fortes são emoções, formas servem para ampliar nossos movimentos, GUINDASTE tem relação com o existir. A função da roupa nesse trabalho é ser adaptável aos mais diversos tipos de contextos do cotidiano, na relação de que o usuário esteja se sentindo confortável em qualquer ambiente, mas isso não abrange ser discreto. Cada bagagem pessoal, cada repertório de órios, o que causa movimento dentro das pessoas? De dentro para fora, de fora para dentro! Penso nos rituais diários como motores, no vestir como ferramenta expressiva de possibilidade infinda aos corpos que lhe dão vida, tento simplificar as coisas para que sobre tempo e energia, e desses, que se faça festa! - Tainá Bernard/Divulgação

Treze, por Mari Danielski. Com cheiro de cigarro preso na roupa, Treze é uma coleção sobre as coisas que você ainda se lembra da noite ada. Sobre os jovens que descem ao centro toda sexta-feira procurando nada para fazer ou apenas uma calçada para sentar, verem e serem vistos por outros jovens que também fazem o mesmo religiosamente todo final de semana. Treze é barulho de rebeldia, é a tatuagem feita no meio do rolê, é a fuga da realidade que sufoca. É música alta que incomoda os ouvidos, maquiagem forte delineando os olhos, cheiro de perfume misturado com álcool e mancha de vinho barato no punho manga. Treze são as horas de inconsequência que antecedem ao desânimo de domingo. Treze é o grito de protesto. É espetáculo e exaustão. - Tainá Bernard/Divulgação

FOLIA DUA VIDA, por Mariana do Brasil. Entre luta e resistência no país dos contrastes, vive o carnaval. Pelas ruas das cidades brasileiras os dias de folia preenchem corpos com liberdades, brilhando suor e calor nas peles expostas e dançantes. São quatro dias repletos de tudo que o conservadorismo reprime no país que elegeu seu próprio regresso. A festa expressão cultural do ser brasileiro mais que nunca é resistência. FOLIA DUA VIDA nasce então inspirada nas dualidades vistas no carnaval. Todos estas são expressas em formas contrastantes, cores vibrantes e texturas divergentes, com peças amplas cobrindo o corpo com cor e transparência, roupas de banho cavadas e jaquetas amplas. Uma mistura tão intensa e eufórica que, mais que tudo, representa tributo ao carnaval. - Tainá Bernard/Divulgação

Contraste, por Marina Gevaerd. "O que sinaliza a oposição ou a distinção entre coisas ou pessoas quando comparadas: contraste entre a sombra e a luz". Através da comparação entre formas, profundidade e objetos similares é possível estabelecer suas respectivas diferenças. A coleção CONTRASTE busca evidenciar a diferença entre materiais e texturas, utilizando principalmente tecidos foscos e transparentes. Outro ponto forte é o uso de formas femininas e fluidas contrastando com elementos de tamanho distorcido, com enfoque nas mangas elaboradas, golas e costas e decotes profundos. A cintura marcada também é um elemento evidente. A coleção expressa o conceito de contraste em seu significado mais puro: o de se opor, divergir, contrariar e confrontar. - Tainá Bernard/Divulgação

Abrazô, por Marina Pariz. Inspirada na riqueza cultural brasileira, em suas variadas expressões, Abrazô fala sobre otimismo, celebração, sobre encontrar beleza e motivo de alegria em situações nem sempre favoráveis. A execução da coleção, 100% feita em upcycling de peças de brechó e retalhos de tecidos, traz vida e novo significado àquilo que já não tinha valor. A força do urbano e a fantasia do folclórico se encontram na combinação de shapes resgatados do streetwear com o movimento e a ginga das danças populares brasileiras. Uma cartela de cores viva e colorida traz energia e positividade, tão importantes em tempos de censura e repressão. De referências variadas, a expressão artística brasileira tem poder, verdade e raiz. É voz pra quem faz e acalanto pra quem sente. Brasilidade com forma, cor e calor. Abrazô! - Tainá Bernard/Divulgação

DaCleck, por Milena Mayuri. Respiros que se abrem no concreto acinzentado. Click. Artesanais, corporais, performáticos, musicais, literários, artísticos e de muitas ordens mais. Cleck. Suspiros sonoros do R.A.P. de rua da ilha de Santa Catarina. Click. Sagacidade e inteligência em proferir palavras com asas, que terminam rimadas e pulsam na batida do coração de quem ocupa a rua em atos de resistência e disposição. Cleck. Tudo isso inspira e transpira nesta coleção. De capuz, é pesado. No beat e no tênis, na calça larga e na rima. De conteúdo na cabeça, é suave. Nas ideias, no flow da caminhada, do moletom, na roda de rima. E o registro presente imortalizando o espontâneo, o calor da união e alguma versão. Click, cleck. DaCleck. - Tainá Bernard/Divulgação

CRISÁLIDA, por Naomi Suzuki. Transformação é algo contínuo, sobre novos significados e sobretudo sobre não ter um fim. Reconstruir e reinventar, enxergar possibilidades e metamorfosear para o novo. Sobre dar lugar e espaço para novas histórias, Crisálida é um abrigo de ideias, de onde eclodem novas chances para o vestir. Explorar oportunidades e não interromper o ciclo é a chance proposta pela coleção, que respeita o processo da matéria-prima e instiga a criação. Em contramão ao consumismo do fast fashion e alinhada a novos padrões de consumo mais éticos e sustentáveis, Crisálida reimpulsiona a vida daquilo que iria para o lixo. Através de técnicas variadas de reciclagem e do upcycling, devolve o jeans para as ruas de forma conveniente, jovem, urbano e descontraído. Crisálida é alternativa, é incubação para eclosão. - Tainá Bernard/Divulgação

singuLAR, por Natália Preis de Faveri. Inspirada na arquitetura como expressão do singular dentro da pluralidade das grandes cidades, a Coleção singuLAR valoriza a intimidade e traz a importância da individualidade no meio da globalização em que vivemos. Ao mesmo tempo que tão pública, a arquitetura se torna tão íntima ao ser analisada de dentro, assim como nós. Tendo o lar como protagonista de sua estética, com seu aconchego, texturas e autenticidades; a coleção possui uma cartela de cores quentes e neutras, que são muito utilizadas no interior das casas. Todo feito de material para decoração e com modelagem ampla, a Coleção singuLAR traz consigo a experiência de se sentir em casa mesmo estando fora dela, buscando trazer equilíbrio e afeto no meio do caos das grandes cidades. - Tainá Bernard/Divulgação

Pontos, por Nicole Brod Prados. Tudo começa por um ponto. O elemento mais simples que compõe a matéria, esse, capaz de formar grandes estruturas através de diferentes percepções. Pontos de vista, pontos gráficos, pontos formadores de algo. Inspirado no pontilhismo, no distanciamento e no poder que possui em comunicar quando colocado em composição, Pontos transforma o confuso em cena, o pequeno em grande. Pontos é de fato, um todo, formado por vários, que transmite um. O ponto é expresso no design têxtil da coleção, onde consegue evidenciar melhor sua forma, criado pela interpretação pessoal do conceito, feito de maneira manual. A modelagem é inspirada em shapes clássicos, contrastando através de seus formatos mais retos, com o fluido do traçado do ponto. - Tainá Bernard/Divulgação

Una, por Raiana Quintiliano Rochadel. Cercada pela força de outras mulheres, Una transborda em um canal de expressão e se apodera de sua própria história, vertendo suas dores, desejos e lutas pelos fios. A energia coletiva, amarra-se à ancestralidade do bordado e transforma-se em arma. Um espaço para transgressão de discurso, onde o têxtil é espaço para dividir memórias e contar nossas diferentes verdades. Inspirada no movimento das arpilleras chilenas, utilizado para denunciar as violações de direitos humanos durante a ditadura, e o bordado livre contemporâneo, a coleção apresenta, através de intervenções bordadas em peças básicas, as vozes das mulheres que resistem e protestam contra a violência de gênero . Por ni Una menos. Amar e mudar as coisas, pela vida das mulheres. - Tainá Bernard/Divulgação

Augurio, por Tainá Bernard. Augurio viaja até a Espanha para buscar inspiração no Flamenco urbano, estilo propagado pela cantora Rosalía. O Flamenco é uma cultura antiguíssima, ada oralmente de geração em geração. É um ritmo que mistura o latino com o oriental, com vozes que choram enquanto cantam adiante seus sofrimentos. A dança é de movimentos bruscos e ao mesmo tempo delicados, sempre com muita emoção. Atualizar essa cultura é um assunto bastante controverso, mas também não se pode negar que é como se mantém algo vivo: transformando, adaptando. A coleção busca manter as origens do flamenco e as suas saias clavel misturando- as com parcas, moletons, camisetas e tênis. Essa dualidade entre o antigo e o novo também se vê na mistura inusitada de tecidos luxuosos utilizados em modelagens urbanas. As muitas joias utilizadas na cultura cigana vem representadas através das aplicações de pedrarias. - Tainá Bernard/Divulgação

TÓRRIDA, por Vanessa Vilela. Tórrida é inspirada no álbum da cantora Madonna, lançado em 1989, Like a prayer. Álbum esse que foi considerado o primeiro realmente conceitual e importante da carreira da cantora, e que retrata uma mulher multifacetada, que pode transitar por extremos com confiança e habilidade. A coleção se inspira na plural persona da artista, usando da estética do álbum em questão, que colocou a mulher como protagonista de sua própria história. Banca e desfruta do seu caro estilo de vida. Tórrida é quem e quando quiser ser. Feita em alfaiataria com detalhes em couro, lã e vinil. Mistura de texturas e modelagens. Evidência para a sensualidade e sexualidade feminina utilizando elementos e cortes considerados masculinos. A palavra de ordem é PODER. - Tainá Bernard/Divulgação

Pélago, por Yasmine Lunelli. Os oceanos resguardam os mais singulares encantos e mistérios, que se escondem envoltos pela escuridão das profundezas. Estamos mergulhados, sente-se o frio da imensidão do desconhecido. Nesse enredo, embarca-se na introspecção em busca deste universo oculto, pela extraordinária complexibilidade da sua plural biologia, revelada pelo magnetismo luminescente. Pélago é mar alto, abismo, voragem. É a pele translúcida em paralelo às formas orgânicas e exêntricas de distintas espécies. A luz na escuridão, um convite para um novo mundo, onde moda e tecnologia unem-se em prol da inovação. Pélago é mistério, complexidade, descoberta. É o reflexo do cosmo criado através de experimentações em impressão 3D, que tangem suas estruturas. - Tainá Bernard/Divulgação