Ainda em novembro, quando o recém-eleito Comandante Moisés começou a desenhar o secretariado, este blog noticiou em primeira-mão que o delegado Paulo Koerich seria o futuro chefe da Polícia Civil catarinense. Foi o primeiro nome anunciado no alto escalão. Futuramente, seria conhecido o modelo do Colegiado de Segurança, que teria um rodizio dos chefes das forças de segurança no cargo de secretário.

Nesta quinta-feira (16), foi anunciado o anúncio da saída de Koerich do cargo. Quem assume o cargo é Laurito Akira Sato, a partir desta sexta-feira (17).
Na nota, o governador classificou como excelente o trabalho exercido por Koerich. “Sua atuação como delegado-geral, em todo esse período de governo, e como presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, no ano de 2020, contribuiu para que Santa Catarina registrasse redução histórica nos índices de criminalidade”, escreveu sobre o delegado, procedente do Vale do Itajaí.
Carlos Moisés queria ter dito mais, queria ter colocado no texto que Koerich era um “amigo”.
A saída do cargo estaria sendo construída desde o fim de 2020, quando o Koerich deixou de ser Secretário de Estado da Segurança Pública e voltou a ser delegado-geral. Um downgrade já sabido, mas que traz naturais impactos.
Aconteceu o mesmo com o coronel Araújo Gomes, depois que deixou a chefia da pasta para voltar ao quartel.

A saída se arrastou até setembro em virtude da busca de um nome ideal para comandar a Polícia Civil de Santa Catarina. Velho conhecido nos meios policiais, Akira Sato seria esse nome.
“Tem larga experiência na Polícia Civil. Entre outras funções, foi diretor da Academia de Polícia de Santa Catarina e da Diretoria Estadual de Investigações Criminais, além de delegado regional de Polícia em ville”, disse Moisés, em nota.
Também pesou a reação dos policiais civis diante da Reforma da Previdência. Neste ponto, fontes negam que o motivo tenha sido determinante. Talvez, a gota d’água. Não é segredo para ninguém que um dos defeitos de Carlos Moisés é o rancor.