Séculos se aram, mas os conflitos envolvendo as áreas indígenas permanecem. Em Santa Catarina, por exemplo, a duplicação da BR-101 esbarra em uma guerra burocrática movida pela ocupação de índios às margens da rodovia. Não que os índios ou o asfalto tenham importância maior que um ou outro. Contudo, uma solução para esse e outros conflitos é premente.
Uma reunião ontem entre o governador Raimundo Colombo (PSD) e lideranças das etnias xokleng, kaingang e guarani definiu a criação do Cepin (Conselho Estadual de Povos Indígenas). Em 15 dias, os representantes serão empossados em um conselho paritário, metade com indígenas, metade são integrantes do governo estadual.
Da reunião considerada histórica, reunindo pela primeira vez um governador com caciques de várias etnias em Santa Catarina, que o encaminhamento seja efetivo e resolva as demandas de todos os povos.
Agenda cheia
ado repetido
Colegas de redação que apuram os problemas da falta de água pinçaram um detalhe interessante do relatório da I da Casan, encerrada há 10 anos na Assembleia Legislativa. Entre as 500 páginas do documento final, no topo dos agradecimentos está uma frase de Cazuza. “Eu vejo o futuro repetir o ado”. Uma década depois, velhos problemas persistem, pouco é apurado e quase ninguém é punido.
Vaga na Câmara
A estratégia do PDT para a disputa à Câmara dos Deputados em Santa Catarina ainda está indefinida. Uma corrente aposta na coligação proporcional com o PT e o lançamento de um único candidato. A ideia encontra resistência em algumas regiões do Estado, que já mapeiam nomes. Para a Assembleia Legislativa, o partido não fará coligações. O objetivo é voltar a ter representatividade na Casa, perdida após a expulsão do deputado Sargento Amauri Soares, hoje no PSOL.
Governabilidade
Tanto quanto os cargos que pleiteia na aliança para continuar coligado ao PSD de Raimundo Colombo, o PMDB deseja ser mais respeitado. O partido se sente periférico e desprestigiado. Pleitos de prefeitos e secretários regionais da sigla seriam subestimados pelo comando central do governo, que tem cabeças do PSD na gestão. Este é outro ressentimento do PMDB. Na reunião com os deputados, Raimundo Colombo (PSD) argumentou e devolveu as cobranças. Publicamente e nos bastidores, Colombo deixa claro que a governabilidade terá peso nas alianças.
Metrópole avança
Fora do ar
O recesso na Câmara de Vereadores de Florianópolis não impede o avanço dos trâmites burocráticos para a reativação da TV Câmara. O edital para contratação da empresa está suspenso. Um parecer técnico determinou o cancelamento do certame e a abertura de um novo edital. Enquanto a avaliação do orçamento está em andamento, ainda não existe prazo para nova decisão. Tão importante quanto reativar o canal é a equalização para valores mais condizentes com a realidade do mercado.
Regra do jogo
Pode acabar no Supremo Tribunal Federal a decisão do governo do Estado de suprimir valores do Imposto de Renda do cálculo para ree do duodécimo. A ameaça é do presidente do Tribunal de Justiça, Cláudio Barreto Dutra, que pode ser seguidas pelos chefes dos demais poderes. Só em janeiro, o corte deve alcançar R$ 22 milhões. É como se o Campeonato Catarinense, que começa neste sábado, tivesse as regras mudadas no meio da competição, reclamam os presidentes.
“Tem ex-prefeito de Criciúma com a barba de molho. Estão chegando perto. Vendia-se como vestal da moralidade. Baita picareta. É, a Justiça tarda, mas não falha, é o ditado. Primeiro foi a eleitoral, e agora tem a civil e a criminal.”
Eduardo Pinho Moreira (PMDB), atacando o ex-prefeito de Criciúma e adversário político Clésio Salvaro (PSDB) via Twitter.
Postes Piratas
O ex-prefeito de Criciúma Clésio Salvaro (PSDB) foi intimado pela Polícia Civil a prestar depoimento em uma investigação sobre irregularidades na compra de luminárias na gestão anterior. No caso, chamado de Postes Piratas, canos de água foram comprados por luminárias. A estranha situação também será apurada junto ao atual prefeito Márcio Búrigo (PP). A polêmica motivou a alfinetada de Eduardo Pinho Moreira nas redes sociais.
– Onze salas do Fórum de Laguna foram interditadas pela Vigilância Sanitária. Uma superpopulação de pombos tomou conta da laje. Infiltrações sujam as salas com água amarelada, misturada com os dejetos dos animais.