Bolsonaro diz que vai morrer na cadeia se for condenado – Foto: AuriVerde Brasil/YouTube/Reprodução/NDO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (16) que pode “morrer na cadeia” caso seja condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Durante uma entrevista ao canal AuriVerde Brasil, no YouTube, Bolsonaro ironizou a acusação e citou que estava nos Estados Unidos no dia 8 de janeiro de 2023, quando os ataques aconteceram em Brasília.
“Eu, com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum, eu vou morrer na cadeia. Qual crime? Crime impossível, golpe da Disney. Junto com o Pateta, com a Minnie e com o Pato Donald, que eu estava lá em Orlando, programou esse golpe aí”, disse.
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Bolsonaro diz que vai morrer na cadeia se for condenado – Vídeo: AuriVerde Brasil/YouTube/Reprodução/ND
No julgamento em que Bolsonaro virou réu, em 26 de março, os ministros do STF ressaltaram que ele não precisava estar fisicamente em Brasília no dia dos ataques para ser responsabilizado.
A Primeira Turma do STF recebeu a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Bolsonaro e outras sete pessoas acusadas de formar o “núcleo crucial” do plano de golpe. A votação foi unânime.
Os réus são acusados de cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União. As penas em caso de condenação podem chegar a 43 anos de prisão.
Bolsonaro diz que vai morrer na cadeia – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil“Está previsto 40 anos de cadeia. Me prendam. Estou com 70 já, quase morri em uma cirurgia. Vou morrer, não vai demorar”, disse Bolsonaro.
O ex-presidente também voltou a alegar que é alvo de perseguição por parte do que chama de “sistema”, que, segundo ele, busca impedir sua candidatura em 2026.
Na entrevista em que Bolsonaro diz que vai morrer, ele mencionou ainda a condenação pelo STF da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), classificando a decisão como “sem cabimento”.
Segundo ele, os casos de Zambelli e do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), também réu pela trama golpista, são ativismo judicial. “Eu não sei até quando vou resistir”, afirmou.
