Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030, declarou na última quinta-feira (13), que caso retorne à presidência do Brasil, a “libertação” de Cuba será uma prioridade de sua política externa. Em uma publicação no X, o ex-presidente afirmou que a ação será coordenada com os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Argentina, Javier Milei.

“Quando eu voltar à presidência, transformarei a libertação do povo cubano em prioridade da política externa. Tudo em cooperação com Donald Trump e Javier Milei”, escreveu o ex-presidente no X (antigo Twitter).
A declaração reacende polêmicas sobre sua postura antiesquerda, já que, durante seu mandato, o ex-capitão do Exército também ameaçou agir contra governos de esquerda, como os de Cuba e Venezuela.

‘Promessa’ de Bolsonaro mira Cuba e reafirma postura antiesquerda 2j634g
A promessa de Bolsonaro de priorizar a “libertação” de Cuba não é nova. Após ser eleito em 2018, ele já havia feito ameaças semelhantes contra o governo cubano e o venezuelano, prometendo agir contra ambos.
Uma das ações mais emblemáticas de seu governo foi o ataque ao programa Mais Médicos. O episódio, na época, resultou na saída de milhares de profissionais de saúde cubanos que atuavam no Brasil, principalmente em pequenas cidades e na assistência básica.

A decisão de retirar os médicos cubanos gerou críticas e impactou diretamente a saúde pública em regiões carentes do país. Ao reafirmar sua postura antiesquerda e buscar alianças com líderes como Trump e Milei, o ex-presidente sinaliza que, caso retorne ao poder, manterá uma política externa alinhada com governos conservadores e contrária a regimes socialistas.
A declaração do ex-presidente, no entanto, ocorre em um momento em que ele está inelegível até 2030, devido a condenações pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mesmo assim, Bolsonaro segue mobilizando sua base e mantendo-se ativo no debate político, especialmente em temas relacionados à política externa e à oposição a governos de esquerda.