O presidente Bolsonaro se manifestou nesta quarta-feira (9) para repudiar a ideologia nazista e a sua propagação em todo o Brasil. “A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento”, começou.

A manifestação ocorreu após a repercussão de uma fala de cunho nazista feita pelo apresentador Monark em seu podcast. Ele defendeu a criação de um partido nazista no país. O episódio gerou reações negativas de vários setores da sociedade e o seu desligamento da empresa em que trabalhava.
Um dia depois, o comentarista Adrilles Jorge, da TV Jovem Pan News, discutiu sobre o assunto e, ao encerrar sua fala, fez um gesto similar à saudação nazista feita pelos seguidores de Hitler. O caso também viralizou e resultou na demissão de Adrilles.
Nas postagens, Bolsonaro disse que é preciso combater manifestações que pregam o antissemitismo e cobrou responsabilidade e seriedade no tratamento do tema. “Não se combate uma injustiça com injustiças”. O presidente também prestou solidariedade ao povo judeu e destacou a aproximação de seu governo com Israel.
Monark
Os Estúdios Flow, a produtora em que Monark trabalhava, informou que o podcast em que ocorreu o comentário nazista foi retirado do ar, e que o apresentador foi desligado de suas funções.
Igor Coelho, sócio da empresa, anunciou que irá comprar a parcela de associação que Monark tem com os Estúdios.
No comunicado, os Estúdios Flow afirmam ainda ter compromisso com a democracia e os direitos humanos, lamentando o ocorrido. “Pedimos desculpas à comunidade judaica, em especial, e a todas as pessoas, bem como repudiamos todo e qualquer tipo de posicionamento que possa ferir, ignorar ou questionar a existência de alguém ou de uma sociedade”.
No Twitter, Monark postou um vídeo onde se defendia dizendo que estava bêbado no momento dos comentários, e pediu pela compreensão do público. Adrilles, por sua vez, reclamou das acusações e disse ser alvo de uma “cultura do cancelamento”.
“A insanidade dos canceladores ultraou o limite da loucura. Depois de um discurso meu veemente contra qualquer defesa de nazismo, um tchau é interpretado como uma saudação nazista”, escreveu no Twitter. Horas mais tarde, ele publicou um vídeo em que justifica que o gesto feito no ar seria só uma despedida do programa.
Na nota em que anunciou o afastamento de Adrilles, o Grupo Jovem Pan disse repudiar qualquer manifestação em defesa do nazismo e suas ideias.
“Somos veementemente contra a perseguição a qualquer grupo por questões étnicas, religiosas, raciais ou sexuais. No exercício diário de informar e esclarecer nossa audiência, prezamos pelo livre debate de ideias, mas não endossamos qualquer tipo de manifestação que leve ao discurso de ódio e reforce ideias que remetam a um episódio da nossa história que deve ser lembrado como símbolo de um erro da humanidade que não deve jamais ser repetido”.
Veja a publicação na íntegra:
*Com informações da Agência Brasil