
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (13), ao lado do presidente da China, Xi Jinping, que Brasil e China estão “dispostos a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo”. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa após a de acordos entre os dois países.
Sem citar diretamente o nome do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Lula criticou políticas comerciais adotadas por Washington nos últimos anos, especialmente o aumento de tarifas e restrições. “Guerras comerciais não têm vencedores”, afirmou o presidente brasileiro. Segundo ele, “o mundo se tornou mais imprevisível, instável e fragmentado” nos últimos meses.
“Há anos, a ordem internacional já demanda reformas profundas. Nos últimos meses, o mundo se tornou mais imprevisível, mais instável e mais fragmentado. Brasil e China estão determinados a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo. A defesa intransigente do multilateralismo é uma tarefa urgente e necessária”, afirmou Lula.
O presidente continuou dizendo que “guerras comerciais não têm vencedores”. “Elas elevam os preços, deprimem as economias e corroem as rendas dos mais vulneráveis em todos os Países. O presidente Xi Jinping e eu defendemos um comércio justo e baseado nas regras da OMC”, declarou.

Futuro compartilhado entre Brasil e China 5l2n3g
Lula citou a Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil e China por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável, estabelecida em novembro do ano ado, como “uma alternativa às rivalidades ideológicas”.
O presidente brasileiro reforçou que esta foi sua segunda visita de Estado à China no atual mandato e que levou ao País uma “expressiva delegação” com ministros e parlamentares. Também disse que a “relação entre Brasil e China nunca foi tão necessária”.
Lula também criticou o que chamou de “insensatez dos conflitos armados” e citou os casos das guerras ocorridas na Palestina e na Ucrânia. Defendeu que acabar com esses conflitos “é precondição para o desenvolvimento” e disse que entendimentos firmados entre Brasil e China “para uma resolução política para a crise na Ucrânia oferecem base para um diálogo abrangente que permita o retorno da paz à Europa”.

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Lula citou também projetos discutidos e acordos firmados entre Brasil e China. Falou sobre entendimentos envolvendo os bancos centrais dos dois países e o lançamento de satélites para uso agrícola, por exemplo. Também mencionou uma discussão sobre financiamento de projetos de infraestrutura, sustentabilidade e energia.
*Com informações de Estadão Conteúdo