A Câmara de Vereadores de Blumenau, no Vale do Itajaí, aprovou por unanimidade na sessão ordinária desta terça-feira (21), um Projeto de Lei Complementar, de autoria do vereador Bruno Cunha (Cidadania), que acrescenta um dispositivo ao Código de Posturas do Município.

Trata-se da proposta de proibição da soltura de fogos de artifício com forte estampido em áreas públicas e eventos, inclusive privados, no município. O projeto não estava na Ordem do Dia, mas foi incluído após um requerimento do autor da matéria.
O tema seria discutido na próxima reunião, na quinta-feira (23), mas pelo fato de a próxima sessão ter uma pauta exclusiva, os vereadores concordaram em antecipar a votação e aprovar a proposta, sem nenhum voto contrário.
O projeto altera o Código de Posturas de Blumenau, datado de 1974, adicionando a proibição de fogos de artifício com forte estampido em áreas públicas e eventos públicos e privados. Apenas o uso de fogos de artifício com baixo ruído será liberado.
A multa para quem descumprir a medida será de R$ 1,5 mil, conforme o Código de Posturas de Blumenau já prevê. Desde 2019, o poder público de Blumenau já é proibido de usar fogos de artifício com estampido em seus eventos, principalmente no Réveillon.
O vereador Bruno Cunha, ao discutir o projeto, explicou que Blumenau foi uma das primeiras cidades do Brasil a regulamentar os fogos de baixo ruído em eventos públicos, por meio de uma legislação de autoria dele.
O parlamentar afirma que o assunto é de grande interesse, beneficiando principalmente os animais e portadores de deficiência, como autistas, crianças, idosos e enfermos. O vereador pondera que, diferente de outras cidades, o projeto não proíbe a comercialização dos itens.
“Nossa intenção foi a de unir as necessidades do século XXI com uma medida simbólica significativa para esses seres mencionados e que vai permitir que aqueles que gostam possam continuar soltando os fogos, mas de baixo ruído”, afirma.
Conforme o parlamentar, o comércio de fogos de baixo ruído já é realizado e acabará tendo um incremento. O projeto foi aprovado por unanimidade e ainda precisa ser votado em redação final. Em seguida, ele segue para sanção do prefeito.