O momento é de parar, temporariamente, na vida pública e se voltar para a paixão que é a advocacia. Este é o futuro de Camilo Martins (PSD) que deixa o comando da prefeitura de Palhoça, a partir do dia 1º de janeiro, após oito anos.
Ele a o bastão para seu sucessor Eduardo Freccia (PSD), que foi seu secretário de Planejamento e Infraestrutura nos dois mandatos.
Martins fez um resumo de seus oito anos à frente da prefeitura. As dificuldades, as alternativas para aumentar a arrecadação do município sem reajustar impostos, o legado que deixará para Freccia e o futuro pessoal e político a partir do dia 1º de janeiro.
“Estarei na advocacia, mas provavelmente serei candidato em 2022” – Foto: Arquivo/Flávio Tin/NDSegundo Camilo Martins, quando assumiu o cargo, a maior dificuldade que encontrou na prefeitura foi a ausência de planejamento para a cidade. De acordo com ele, não havia projetos de longo e médio prazo no município.
“Também faltava nos setores a infraestrutura básica que pudesse ter um trabalho adequado para que a gente entregasse os resultados que a sociedade precisava”, lembrou.
Um dos exemplos foi a Secretaria de Infraestrutura e Planejamento, na qual não havia veículos para fiscalização de obras e nem computadores adequados para uso dos programas, além de um número reduzido de profissionais.
“Neste setor quase quadruplicamos o número de engenheiros e arquitetos para que pudesse elaborar projetos e fazer obras que a cidade precisava”, destacou.
Martins enfatizou que foi possível, ao longo dos seus dois mandatos, aumentar a arrecadação municipal sem reajustar tributos. Segundo o prefeito Camilo Martins, a fórmula foi cobrar dos não pagadores de impostos.
“Era muito grande (os devedores), grandes empresas da cidade deixaram de pagar e nós fomos judicializar de forma istrativa”, comentou. “Nós conseguimos ar de uma arrecadação de R$ 300 milhões para quase R$ 600 milhões nos últimos quatro anos”, frisou.
“Eu nunca aumentei um tributo, com exceção dos reajustes obrigatórios dados todo ano que é reposição de inflação e caso não seja concedido o gestor pode responder por ato de improbidade istrativa. A sociedade não ite aumento de impostos”, disse Camilo Martins.
Legado e sucessor e405f
Sobre o legado que deixa para o futuro prefeito, Camilo Martins destacou que foi trabalhar ouvindo a população e o empenho por obras importantes na região da Palhoça.
“Trabalhar muito, eu fui um prefeito que trabalhei muito. Eu deixo um legado que é a luta pelas obras importantes para nossa região, principalmente o Contorno Viário e a terceira faixa sentido Sul/Norte (BR-101). A gente não pode itir mais essa demora. Eu saio muito entristecido por não ver essa obra concretizada nesses meus oito anos, mas eu deixo um legado de muita luta”.
Para Camilo Martins, a eleição de Eduardo Freccia foi o reconhecimento da sociedade de Palhoça do trabalho executado nos seus dois mandatos.
“Fizemos um governo de muito planejamento, com muita gestão, onde a gente planejou a cidade com obras de curto, médio e longo prazo. Vamos deixar uma prefeitura para meu sucessor organizada, com projetos estruturantes prontos para serem executados”, destacou.
Entre as obras, o tratamento de 100% do esgoto da cidade, no qual o processo licitatório está em análise no TCE (Tribunal de Contas do Estado), o projeto do transporte público e a nova iluminação da cidade que ará a ser, totalmente, com luzes de LED.
“Diante de todo esse trabalho que foi feito, com a prefeitura nos bairros, durante os oitos anos ouvindo a sociedade, a comunidade dizia o que queria e nós executávamos. Isso foi o que a população aprovou elegendo Eduardo. Eduardo foi um braço direito na prefeitura, então o governo dará uma continuidade. A sociedade viu obras, viu trabalho, viu dedicação, e disse: queremos continuar e a continuidade é o Eduardo”, avaliou.
Segundo Camilo Martins, o seu sucessor deverá ter disponíveis, em breve, US$ 34 milhões para investimentos em obras de esgotamento sanitário, distribuição de água na região sul do município e pavimentações nas praias do sul de Palhoça. A verba é do Fonplata (Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata).
Camilo candidato em 2022 2i6x5z
“Quando a gente entra na vida pública não se sabe o futuro”. Foi assim que Camilo Martins respondeu sobre seu destino político. A partir de janeiro de 2021, ele deve voltar à advocacia, no entanto, ao contrário do que disse na frase acima, ele sabe muito bem o que fará no futuro na vida profissional.
“Devo voltar para advocacia em 2021, que é minha paixão. Mas em 2022 estarei na ativa, vamos ver o que vai ser, mas tentarei algum cargo na majoritária ou na proporcional, mas estarei querendo me dedicar à vida pública, é uma paixão, gosto de pessoas, gosto de trabalhar e é isso que a sociedade está esperando. Políticos que queiram trabalhar com muita ética, com muita dedicação, com muita entrega e é isso que vou me dedicar. Estarei na advocacia, mas provavelmente serei candidato em 2022”, afirmou.
