As seis empresas que responderão a processos istrativos abertos pelo governo do Estado nesta quarta-feira (23) foram o estopim da Operação Alcatraz, em 2019. Os inquéritos da CGE-SC (Controladoria-Geral do Estado) apuram supostas fraudes em contratos de telefonia. Um único contrato teria dado prejuízo de R$ 30 milhões.
O controlador-geral do Estado, Cristiano Socas da Silva, confirmou a informação e foi além: “Novos processos relacionados à Operação Alcatraz devem ser instaurados em breve”.

Somente em um dos casos, o Estado teria pago pela instalação de 27.664 aparelhos de telefonia por IP – ligações por meio da internet. Pouco mais da metade, cerca de 16 mil, foram efetivamente instalados. Isso representaria um prejuízo estimado em R$ 30 milhões.
Os contratos foram firmados pelo governo do Estado em 2010 e prorrogados em 2016. Em 2010, o governador Luiz Henrique da Silveira (MDB) renunciou em março para concorrer ao Senado e assumiu o vice, Leonel Pavan (PSDB). Em 2016, o governador era Raimundo Colombo (PSD).
Além das investigações istrativas, conduzidas pelo Estado, as operações Alcatraz e Hemorragia estão sendo apuradas pela Justiça.
Acordo de leniência avança apuração da segunda fase da Alcatraz 276ok
Dia 7 deste mês, a CGE já havia anunciado um acordo de leniência firmado pela empresa Neoway – anunciado em primeira mão pelo blog. A empresa delatou 20 pessoas físicas – agentes públicos – e 13 pessoas jurídicas. O suposto esquema de corrupção nasceu de uma apuração da Receita Federal.
Potencialmente, as 13 empresas podem ser processadas istrativamente pelo Estado. O acordo de leniência da Neoway se refere à segunda fase da Alcatraz, a Operação Hemorragia.