O assunto que permeou a imprensa local e as conversas pelas redes sociais no fim de semana foi a prisão do servidor efetivo da Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente), Felipe Pereira.

Ele foi preso durante uma operação da Polícia Civil que investiga a cobrança de propina para evitar a demolição de obras irregulares na região do Ribeirão da Ilha, no Sul da Ilha. O portal ND+ publicou o vídeo, com exclusividade.
Este mesmo servidor público, no fim do ano ado, então chefe do Departamento de Fiscalização Ambiental da Floram, foi preso na Operação Primeiro Round, da Polícia Civil, que apurou irregularidades, inclusive a cobrança de propina, para a construção de empreendimentos imobiliários em Florianópolis.
Muito se ouve sobre recebimento de propina na capital catarinense, que vive crescimento desordenado, mas antes ficava no imaginário daqueles que nunca flagraram esse tipo de crime. Esse flagrante expõe a especulação imobiliária e a corrupção no setor público.
As construções irregulares assolam Florianópolis, onde, em vários bairros, 80% dos imóveis foram construídos às margens da legalidade. Resultado de leis mal elaboradas, transformando construção regular em um sonho distante na cidade.
Não podemos transformar esse fato em narrativa política e nem tão pouco em vilão todo funcionário público. Há aqueles que se beneficiam da estabilidade, da falta de critérios para ocupar cargos e extorquir cidadãos. A maioria dos servidores públicos são sérios e competentes.
O que se espera agora é apuração e punição rigorosa para os envolvidos. Florianópolis precisa e deve ter essa resposta da Justiça e da istração pública.