
São Paulo terá um estudo sobre crime digital nas escolas. O anúncio é do deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), proponente e coordenador da Frente Parlamentar de Combate à Violência em Ambiente Digital contra Crianças e Adolescentes da Assembleia Legislativa (Alesp), que será lançada, oficialmente, no dia 10 de junho.
O estudo sobre crime digital nas escolas tem como principal objetivo reunir dados e ouvir especialistas de diversas áreas para resultar em um relatório para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) com medidas que devem ser adotadas pelo governo bandeirante no combate ao bullying e a delitos digitais cometidos em unidades de ensino da rede estadual.
“Vamos combater, fortemente, o estímulo a agressões virtuais, ao automutilamento, a desafios que podem ser fatais, e à misoginia. Estes conteúdos, via de regra, aparecem mascarados de humor ou de liberdade de expressão na Internet”, denuncia o parlamentar.
Ainda que o uso de celulares nas escolas esteja proibido, jovens continuam com o à internet e suscetíveis a desafios perigosos e conteúdo impróprio. No ano ado, o governo federal sancionou lei que aumenta pena de crimes contra crianças e adolescentes, endurecendo regras contra bullying.
Estudo sobre crime digital nas escolas m2n2m
Após o lançamento da Frente Parlamentar, serão constituídos grupos temáticos, com entidades e profissionais do Direito, saúde, da educação, da segurança pública e psicologia. O objetivo é a criação do estudo sobre crime digital nas escolas e identificar gargalos do sistema público que necessitam de ajustes e de investimentos para a prevenção de violência digital no estado de São Paulo.
Rafa Zimbaldi defende que um colegiado na Alesp destinado unicamente para esta temática é necessário pela recorrência de ataques a escolas e desafios autodestrutivos. O parlamentar também denuncia estupros virtuais e participação de adolescentes em grupos extremistas.
A frente parlamentar, responsável pelo estudo sobre crime digital nas escolas, vai atuar em conjunto com o Instituto Aegis, presidido por Luís Guilherme de Sá; a jornalista Carla Albuquerque, responsável pelo monitoramento de ataques cibernéticos; a Associação Nacional das Vítimas de Internet (Anvint), além de outros profissionais do Direito especializados em crimes digitais, como Carolina Di Fillipi e Luciano Santoro.
Também foram convidados o Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad), da Secretaria de Estado de Segurança Pública; os psiquiatras Felipe Becker e Hewdy Lobo Ribeiro; a jornalista e educadora midiática Carla Georgina; e Samantha Plonczynski, especialista em marketing digital com foco em saúde mental.
“Nossos filhos estão crescendo imersos a postagens e a vídeos que dessensibilizam, banalizam o sofrimento humano, e distorcem noções de ética e de empatia. Precisamos dar um basta nisso”, defende o parlamentar.