Interino: Paulo Rolemberg
A rápida agem do candidato à reeleição à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (11), em Santa Catarina, onde reuniu cerca de 1 mil pessoas, com 230 prefeitos e vice-prefeitos, além de parlamentares, empresário e lideranças religiosas, teve como objetivo levantar a bandeira contra a abstenção.

O encontro em Balneário Camboriú foi marcado por discursos de incentivo à participação no pleito de 30 de outubro e tentativa de reduzir a abstenção. Na eleição do primeiro turno, cerca de 18% dos eleitores catarinenses não compareceram para depositar seu voto nas urnas. Ou seja, em torno de 1 milhão de eleitores.
Bolsonaro quer aumentar a quantidade de votantes nos Estados nos quais tem a preferência, como Santa Catarina, onde conseguiu 2.694.406 de votos (62,21%), e assim tentar inverter o resultado do primeiro turno. O combate a abstenção visa crescer esse percentual para 70% ou 80%.
A coordenação da campanha do presidente acredita que, não fossem os faltosos, ele teria ao menos vencido o primeiro turno. A ideia é estimular líderes políticos a se engajarem com ele na campanha, como ocorreu em Balneário Camboriú com a presença maciça de prefeitos catarinenses.
O prefeito anfitrião, Fabrício Oliveira (PL), pediu a prefeitos e prefeitas irem a cada canto de Santa Catarina convencer os indecisos e os eleitores ausentes.
Os aliados de Bolsonaro não têm dúvidas que as pesquisas também colaboram com o aumento da abstenção. Já que induziram o eleitor a acreditar que as eleições seriam resolvidas no primeiro turno e muitos pensaram que o voto não iria mais fazer diferença com a possível derrota do presidente, o que não aconteceu.
A campanha de Bolsonaro aposta em uma tendência maior de engajamento entre eleitores nas unidades federativas onde o futuro do governo local não foi definido, como em Santa Catarina.