“Centralidades” foi um dos temas mais defendidos ontem durante o Seminário Cidades Inteligentes e Segurança, merecendo consenso dos principais participantes. O futuro de Florianópolis depende da adoção dessa moderna fórmula de convivência urbana. Isto é, as pessoas moram, trabalham e contam com serviços e lazer no bairro em que residem.
Os arquitetos, professores e empresários que integraram o promovido pelo ND 16 anos, consideraram um absurdo e causa de graves problemas vividos pela população, a maioria da população viver num bairro, trabalhar em outro distante e muitas vezes ter serviços públicos e recreação numa terceira região. Como ocorre nos Ingleses, com mais de 80 mil pessoas, a maioria trabalhando no centro ou no Continente.
O arquiteto Angelo Marcos Arruda citou um exemplo concreto sobre um dos mais graves equívocos urbanísticos cometidos no Plano Piloto de Brasilia. Citou o conhecido “Quarteirão de Farmácias”, onde são concentrados todos estes estabelecimentos. A Capital Federal, aliás, foi divida por setores, como o bancário, o hospitalar, o gráfico, etc.
Realmente, colocar em qualquer cidade todas as farmácias num único quarteirão ou bairro é de uma burrice cavalar. Afinal, como alegou o especialista, as farmácias vendem os mesmos produtos e, em geral, com os mesmos preços. Não faz, sentido, portanto, que elas não existam espalhadas pelos bairros, distritos e até por vias públicas, para facilitar o o dos clientes e até evitar o uso do carro.
Outro ponto considerado fundamental na aprovação do novo Plano Diretor, ali amplamente debatido: a necessidade de adensamento, isto é, elevação do gabarito de construções em determinados bairros e distritos. Reduz os preços dos imóveis, permite a instalação de serviços e eleva a segurança pública.
O fundamental é que o Plano seja aprovado, definindo regras claras para investimentos urgentes em benefício múltipla para toda a população.