Um conflito que teve como pano de fundo a religiosidade e a desigualdade social: assim foi a Guerra do Contestado, confronto que durou quatro anos e mexeu com as estruturas na divisa entre Paraná e Santa Catarina.
Toda a história começa em 1912, com a construção de uma ferrovia para escoar a produção da empresa Lumber, à época a maior madeireira da América Latina, que ficava em Três Barras, no Planalto Norte catarinense.

“Onde havia a linha de tem de São Paulo ao Rio Grande do Sul, foram 15 quilômetros de terras cedidas para cada lado como forma de pagamento para a estrada de ferro”, conta o turismólogo Carlos Eduardo Fiolet.
O problema é que essas terras não estavam desocupadas. “Nesses locais, morava um povo chamado de caboclo que estava há muito tempo na região, mas não tinha escritura. Com a desapropriação, eles foram reivindicar, ocasionando a Guerra do Contestado”, complementa Carlos.

Do outro lado, estavam coronéis e fazendeiros que viam na região uma possibilidade de lucrar e não queriam os caboclos no local. “Quando surge a estrada de ferro, era uma terra considerada de ninguém e os coronéis do litoral e de Curitiba entenderam que o território teria alguma riqueza, afinal, por que fazer a estrada de ferro no meio do sertão"> var fontawesomeSvgBasepath = "/wp-content/themes/ricsc/css/lib/fontawesome-sprites/";