O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa nesta segunda-feira (19) do funeral da rainha Elizabeth II em Londres, no Reino Unido. A primeira-dama Michelle e o pastor Silas Malafaia o acompanham no evento.

Ele ou pelo caixão da monarca e assinou o livro de condolências. “É um momento de pesar e reconhecimento tudo aquilo que ela fez pelo mundo”, comentou o presidente. Porém, pouco tempo antes, ele discursou a apoiadores da sacada da casa do embaixador do Brasil em Londres.
Na ocasião, ele falou sobre temas de sua campanha à reeleição e afirmou que será reeleito no primeiro turno. A maior parte dos apoiadores usava camisetas da seleção ou estava com bandeiras do Brasil.
Segundo o UOL, o presidente fez um breve discurso, no qual rejeitou “drogas, aborto e ideologia de gênero” e apelo à religião.
O uso eleitoral do momento foi criticado por opositores, além da imprensa local. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou a motivação de Bolsonaro ir à Inglaterra para acompanhar os atos de despedida da rainha.
“Como ele [Bolsonaro] está precisando de imagem a nível a nível internacional, ninguém nunca convidou ele para viajar, ninguém quer vir aqui… Ele se ofereceu para ir ao enterro da rainha da Inglaterra. [Mas] É louvável a decisão dele de ir”, afirmou o candidato, durante comício em Florianópolis, neste domingo (18).
O jornal The Guardian afirmou que o presidente disse ter “profundo respeito” pela família real, mas usou o funeral como “palanque eleitoral”. Já o Daily Mail disse que Bolsonaro é um “líder controverso”, além de que o discurso foi feito para “ganhar pontos políticos em casa”
Protestos contrários ao presidente também foram registrados durante a visita. Os opositores estavam com uma faixa com os dizeres “Pare Bolsonaro para o futuro do planeta”, em inglês, em frente à casa do embaixador brasileiro em Londres, onde o presidente esta hospedado.