
A Justiça Eleitoral da 57ª Zona Eleitoral de Trombudo Central decidiu cassar o mandato do prefeito reeleito de Pouso Redondo, Rafael Tambozi, e da vice-prefeita, Joseane da Silva, após constatar que eles teriam se envolvido em um esquema de compra de votos e abuso de poder político e econômico durante as eleições municipais de 2024.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público Eleitoral, que acusou a gestão de oferecer vantagens em troca de apoio nas urnas.
Entenda o que motivou a cassação de prefeito de Pouso Redondo 2y3f1i
Segundo a investigação, materiais de construção comprados pela Prefeitura com dinheiro público teriam sido entregues a moradores em pleno ano eleitoral.
A situação se agrava porque, conforme apurado pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), um servidor temporário contratado pela prefeitura teria sido o responsável por coordenar as entregas, mantendo contato com uma empresa fornecedora e levando os materiais diretamente para casas de eleitores.
Além da cassação do mandato, o prefeito Rafael foi declarado inelegível por oito anos e ainda recebeu uma multa extra de 20% do valor da causa por divulgar informações de um processo que corre em segredo de justiça.
A Justiça determinou a realização de novas eleições em Pouso Redondo. O TRE/SC (Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina) já foi comunicado para organizar o novo pleito.

O que diz o prefeito? 1b3c3e
Apesar da decisão, o prefeito Rafael segue no cargo por enquanto. Isso porque a defesa já entrou com recurso no TRE/SC, o que suspende os efeitos da sentença até o julgamento final.
Em nota, Rafael disse que recebeu a notícia com “serenidade e surpresa” e afirmou confiar que a decisão será revertida. “Seguimos confiantes de que a Justiça vai restabelecer a vontade soberana da população de Pouso Redondo, que nos elegeu de forma expressiva e democrática”, declarou.
A defesa também reforçou que respeita o Judiciário, mas discorda do conteúdo da sentença e já está tomando as medidas jurídicas cabíveis.