
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o deputado Eduardo Bolsonaro nesta terça-feira (3), durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Lula falou sobre a tentativa de intervenção dos Estados Unidos na política brasileira e nas decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), especialmente relacionadas ao ministro Alexandre de Moraes.
“O presidente de qualquer país do mundo não pode opinar sobre decisões da Suprema Corte de outro país. Não é correto comentar essas decisões. Eu mesmo já tive meu aporte suspenso nos Estados Unidos. Um país não pode se intrometer na vida de outro”, disse Lula.
O presidente também afirmou que o Brasil defenderá seu ministro e o STF: “Até agora, o que temos são apenas falas, mas o Brasil vai defender o seu ministro e a sua Suprema Corte.”
Presidente critica o deputado Eduardo Bolsonaro 1rw4w
Lula criticou o comportamento do deputado Eduardo Bolsonaro, sem citar diretamente o nome, mas deixando claro o alvo:
“É lamentável ver um deputado brasileiro, filho de ex-presidente, ir aos Estados Unidos para pedir que interfiram na política de outro país. Um cidadão que é deputado e vai lá lamber as botas do Trump, pedindo intervenção na política brasileira. Isso, sim, é um desrespeito.”

Em outro momento, Lula ainda classificou o comportamento do parlamentar como criminoso:
“Um terrorista. É isso que ele é: um terrorista, que quer destruir a democracia brasileira.”
Por fim, Lula criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo: “O pai dele, quando nega a Justiça Eleitoral, não nega os votos que o filho recebeu, só nega os votos dele próprio. Eu tenho dito publicamente: nós temos consciência de que a verdade precisa vencer a disputa política.”

Taxação de produtos brasileiros i612o
Ainda durante a coletiva, respondendo sobre a relação com os Estados Unidos, o presidente Lula falou sobre a possibilidade de taxação de produtos brasileiros: “A orientação é gastar todo o tempo possível negociando. Mas, se não houver acordo, vamos adotar uma decisão de reciprocidade. O mundo possui regras civilizatórias para a convivência entre os países. Eu gosto de respeitar e ser respeitado.”