
O momento era de tensão, mas o clima era de romance. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) trocou mensagens com a esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, pelo WhatsApp, durante o interrogatório no STF nesta terça-feira (10).
A conversa aconteceu enquanto Bolsonaro acompanhava a audiência no inquérito que investiga a tentativa de golpe após as eleições de 2022. Ele e mais sete são réus no processo.
O ex-presidente iniciou a troca enviando uma selfie para Michelle, que respondeu com “Oi, amor”. Em seguida, ela o elogiou com palavras como “Lindo”, “Meu gato”, e Bolsonaro respondeu com uma série de emojis de coração.
“O homem sabe amar e ser amado”, escreveu uma internauta no X (antigo Twitter). Houve também quem criticou a ação do ex-presidente, alegando que a troca de mensagens de Bolsonaro e Michelle foi combinada.
Leia a troca de mensagens de Bolsonaro e Michelle: 1c4t2r
Bolsonaro mandando mensagem para Michelle durante o julgamento ? pic.twitter.com/bjo6gxeQpE
— Iara Dlugoss (@DlugossIara) June 10, 2025
Interrogatórios no STF: entenda o que está acontecendo v4e63
A Primeira Turma do STF começou, na segunda-feira (9), a ouvir os depoimentos dos réus apontados como líderes da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
De acordo com a PGR (Procuradoria-Geral da República), esse grupo teve papel central na articulação para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Estão entre os réus: 42l6v
- Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República;
- Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e deputado federal;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022.
Os interrogatórios devem seguir até sexta-feira (13). O primeiro a ser ouvido foi Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada com o STF. Os demais estão sendo ouvidos em ordem alfabética, justamente para que todos saibam o que o delator disse antes de prestarem seus próprios depoimentos – garantindo assim o direito à ampla defesa.