
Desde o início do primeiro mandato como governador de Minas Gerais, o local onde mora Romeu Zema é uma residência particular alugada na Rua Basilicata, no bairro Bandeirantes, em Belo Horizonte.
Bandeirantes fica na região da Pampulha, ao norte da capital mineira. O bairro onde mora Romeu Zema é uma parte nobre da cidade, em que ficam pontos turísticos como a Lagoa da Pampulha — um dos principais cartões-postais do município, o Estádio Mineirão e a Universidade Federal de Minas Gerais.
Já em 2023, reeleito governador de Minas Gerais, Zema sinalizou que poderia mudar para o município de Lagoa Santa, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte. A mudança, até o momento, não ocorreu.
O bairro onde mora Romeu Zema, segundo o Quinto Andar, tem valores de aluguel que variam entre R$ 1.000 a R$ 23.440. O preço médio da locação fica em R$ 4.000.
Casa onde mora Romeu Zema fica em região oposta de BH do Palácio das Mangabeiras, antiga residência dos governadores j451x
Já no sul da cidade, a aproximadamente 17 quilômetros da residência onde mora Romeu Zema, está situada a ex-residência oficial dos governadores do Estado: o Palácio das Mangabeiras. O espaço foi o lar dos chefes de Estado mineiros desde sua inauguração em 1955, e ou a ter outras finalidades de uso no fim de 2018.
Ainda em 2018, após ser eleito, Zema chegou a falar em um vídeo que transformaria o Mangabeiras no “Museu das Mordomias”. Segundo ele, o intuito de um museu do tipo seria “para que todo mineiro veja como vive o imperador de Minas Gerais, um Estado falido, que sequer tem dinheiro para estar pagando os seus professores, militares e aposentados pontualmente”.

Histórico do Palácio com o governo de Romeu Zema 105z18
Em junho de 2019, foi assinado um despacho para que o espaço asse a ser istrado por um convênio entre o estado mineiro e a Codemge (Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais). O uso do Palácio ou a ser misto, abrigando tanto eventos privados quanto atividades abertas ao público.
Já em junho de 2024, foi assinado por Zema o Decreto nº 48.846, que determina a utilização do Mangabeiras em atividades culturais, de lazer e turismo promovidas pela Secult (Secretaria de Estado de Cultura e Turismo) mineira. Em setembro do mesmo ano, foi entregue um projeto de lei à Assembleia Legislativa para que a Secult assuma a istração, gestão e conservação do espaço, tornando assim o Mangabeiras um bem público. Também é previsto que o espaço seja transformado total ou parcialmente em museu.
Na ocasião em que assinou o decreto, o governador declarou que “em um Estado falido, o exemplo tem que vir de quem governa”. Também reforçou que não morar no palácio é uma das promessas de campanha eleitoral cumpridas por sua gestão.
“É um espaço que é público, mas que sempre teve caráter privado e, do meu ponto de vista, sempre foi um excesso. Temos o maior interesse em preservá-lo, não para que alguém use em privilégio próprio, mas para que sirva como uma atração cultural para a população de Minas.”
Em nota, o Governo informa que a não utilização do espaço como moradia gera uma economia de R$ 3,3 milhões aos cofres públicos. Mesmo vazio, o Mangabeiras ainda possuía um custo mensal de R$ 97 mil – um total de R$ 1,1 milhão anual.
Sobre o Palácio das Mangabeiras 612k6h
Com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer e jardins planejados pelo paisagista Roberto Burle Marx, o Mangabeiras foi construído entre 1951 e 1955 para ser a residência oficial dos governadores de Minas Gerais. Inaugurado no governo de Juscelino Kubitschek, o palácio abrigou figuras históricas que já foram presidentes do Brasil além de Juscelino, como Tancredo Neves e Itamar Franco.
Localizado próximo à Serra do Curral, área de proteção ambiental de Mata Atlântica e Cerrado, o palácio está em um terreno de 42 mil metros quadrados tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). É próximo ao Parque das Mangabeiras, maior área verde de Belo Horizonte.
Reinauguração como “Parque do Palácio” wf2w
Em 2022, o Palácio das Mangabeiras foi rebatizado para Parque do Palácio. Aberto à população, o equipamento cultural mantém agenda voltada ao lazer e atividades culturais como exposições, apresentações e gastronomia voltadas a público de todas as idades. Atualmente, uma Sociedade de Propósito Específico constituída pela Codemge, Grifa, Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e Malab Produções é responsável pela gestão do palácio.
O Parque do Palácio também conta com um espaço dedicado aos cônsules de Minas Gerais, sob justificativa de fomentar relações internacionais na cidade, realizar intercâmbios de negócios e sediar eventos de outros países. Em 2023, o Palácio chegou a receber Nicoletta Gomiero, cônsul da Itália em Belo Horizonte, para celebrar o Dia Nacional da República Italiana.
Com funcionamento de quarta a domingo, das 10h às 18h, o Palácio abre uma hora mais cedo nos fins de semana. Neste ano de 2025, o local abriga exposições artísticas, oficinas de arte voltadas às crianças, espaços ao ar livre de uso coletivo e opções para alimentação.
Às quartas-feiras a entrada é gratuita, com ingressos custando R$5 (meia-entrada) e R$10 (inteira) de quinta a domingo.