Cleber Ferreira, apontado pela Polícia como operador financeiro, contador e “braço direito” de Ed Pereira, foi o 4º preso na manhã desta quarta-feira (29), em mais uma fase da Operação Presságio. Até o momento, não se sabe especificamente qual é a participação dele no suposto esquema de corrupção.

O advogado Francisco Ferreira, defesa de Cleber, disse que até o momento não irá se manifestar, pois “ainda não teve o aos autos do processo”. No entanto, ele confirmou a prisão ao Portal ND Mais.
Além de operador financeiro, na antiga gestão Cleber Ferreira também foi diretor financeiro da Liesf (Liga das Escolas de Samba de Florianópolis) entre 2014 e 2016 Ele não é ligado a atual gestão da Liga.
Liesf diz que preso na Operação Presságio não faz mais parte da equipe 3v2x47
Procurada, a Liesf garantiu que Ferreira não faz mais parte do quadro de funcionários e que não é ligada à atual gestão da entidade.

Cleber Ferreira compõe a lista dos quatro nomes presos na manhã desta quarta-feira durante a operação em Florianópolis.
Além dele, foram presos: 1h5m2u
- O ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Ed Pereira. Clique aqui e leia a notícia na íntegra.
- O ex-funcionário terceirizado da Prefeitura de Florianópolis, Lucas da Rosa Fagundes. Clique aqui e leia a notícia na íntegra.
- O ex-diretor de Projetos da Fundação Franklin Cascaes, Renê Raul Justino. Clique aqui e leia a notícia na íntegra.
Papel de Cleber Ferreira no esquema 5e1467
Segundo a Polícia Civil de Santa Cataria, Cleber José Ferreira, contador, supostamente desempenhava um papel crucial como articulador e operador no esquema de desvio de verbas que deveriam ser aplicadas em projetos sociais.
“Sua atuação é comparável à de Renê Raul Justino, sendo considerado o braço direito de Renê nas operações fraudulentas. Cleber é responsável por angariar ‘laranjas’ para a emissão de notas fiscais utilizadas na prestação de contas de projetos que eles chamam de ‘nossos'”, escreve a Polícia.

Nas conversas entre Cleber e Renê, fica evidente que as notas fiscais se referem a serviços não prestados ou materiais nunca fornecidos. Renê geralmente solicita a emissão das notas fiscais a Cleber, informando o valor e o objeto da nota.
Cleber então é apontado como alguém que providencia a emissão e encaminha para Renê. Após a apresentação da nota, ocorre o pagamento ao suposto prestador de serviço. Imediatamente após o recebimento, Cleber transfere o dinheiro via PIX para a conta bancária de Renê ou para outra pessoa indicada por ele.
Para corroborar que a liderança do grupo é exercida por Edmilson Pereira, uma conversa entre Renê e Edmilson, datada de 10 de março de 2023, foi apresentada como evidência.
Segundo a Polícia, na mesma data Renê conversou, por meio demensagem de texto com Cleber, solicitando que ele encaminhasse seu currículopara encaminhá-lo a Edmilson Pereira.

Em mais um desdobramento das investigações sobre o esquema de desvio de verbas públicas, novas evidências apontam para a atuação sistemática e coordenada de Cleber José Ferreira e Renê Raul Justino.
De acordo com a Polícia Civil, ambos são acusados de praticar crimes de peculato.
Cleber, contador, é descrito como articulador e operador das fraudes, desempenhando um papel semelhante ao de Renê e sendo considerado seu braço direito.
Ele é responsável por recrutar “laranjas” para a emissão de notas fiscais falsas que justificam a prestação de contas dos projetos sociais istrados pela dupla. As conversas interceptadas entre Cleber e Renê revelam que as notas fiscais se referem a serviços não prestados ou materiais nunca fornecidos.
Uma das evidências cruciais surgiu em 31 de março de 2023, quando Renê enviou três comprovantes de transferência bancária para Cleber. Os comprovantes totalizavam R$ 20.200,00, tendo como beneficiária uma mulher. Na sequência, Renê solicitou a emissão das notas fiscais correspondentes.
Cleber prontamente atendeu ao pedido, enviando uma nota fiscal emitida pela mesma mulher no valor de R$ 20.200,00. A nota descrevia diversos serviços supostamente prestados para a Associação ABIESC, embora tais serviços nunca tenham sido realizados.
Outro episódio revelador ocorreu em 31 de maio de 2023, quando Renê cobrou de Cleber a emissão de uma nota fiscal para a AMA – Associação dos Pais e Amigos dos Autistas. Esse padrão de emissão de notas fiscais fraudulentas e transferências bancárias fictícias reforça as acusações contra os envolvidos.
Em outra data, em 1º de junho de 2023, A Polícia explica que Cleber informou a Renê que o dinheiro estava na conta e perguntou se deveria transferi-lo. Após a confirmação de Renê, Cleber enviou o comprovante de pagamento, transferindo R$ 1.922,00 para Renê, após descontar uma taxa municipal.
As mensagens trocadas entre Cleber e Renê mostram claramente como o grupo operava. Em uma conversa de 7 de agosto de 2023, Renê detalhou para Cleber como emitir notas fiscais falsas, referindo-se à técnica como “NOSSO MEI LARANJA”.
Essas evidências reforçam o modo como os envolvidos desviavam dinheiro público, usando notas fiscais falsas e transferências bancárias para esconder suas atividades ilícitas. As autoridades continuam analisando as provas para garantir que os responsáveis sejam julgados e a justiça prevaleça.
