Em todo o mundo, a cada minuto, ocorrem bilhões de os e postagens nas redes sociais. No Brasil, o cenário não é diferente.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2020, 95,7% dos brasileiros que têm o à internet, usam a rede para enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos de mensagens.
Durante as disputas eleitorais de 2018 presenciamos os impactos dessa ferramenta. Atualmente, o panorama tende a se repetir, e as campanhas ganharão novas dimensões e engajamentos nas redes sociais.

Cuidados com a desinformação 556f5d
O impacto das tecnologias no consumo de informações do eleitorado é visível. Uma pesquisa realizada em 2019 pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, expôs que 79% dos entrevistados recebiam notícias diariamente pelo WhatsApp.
O problema é que, junto a essa onda de notícias, há uma propagação imensurável de “fake news”.
Com base nesses dados, para as eleições atuais, o TRE/SC (Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina) instituiu seu próprio Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação. A coordenadora do Grupo de Apoio Técnico ao programa, Karine Borges de Liz, reforça que, “a preocupação vem aumentando pelo mundo”.
Mas ao mesmo tempo, o uso das redes como um recurso, não apresenta apenas pontos negativos. Muitos candidatos utilizam as plataformas como uma estratégia para conquistar um novo eleitorado.
Engajamento 3z1s4e
A internet atualmente faz parte das nossas vidas, desde solicitar uma carona por aplicativo, comprar comida, e até relacionar-se com os candidatos políticos em suas redes sociais.
Essa quebra de padrões na maneira de acompanhar propostas e perfis públicos é observada, principalmente, entre os jovens.
“A linguagem de comunicação com a população que já está ligada à internet, ela não acontece por veículos tradicionais, comprando minutos no horário nobre, nem com papéis impressos, panfletos e santinhos. Ela acontece com a inserção na mídia social. É um modo legítimo e compatível com esse público” explica Fabricio Bortoluzzi, professor da Escola do Mar, Ciência e Tecnologia da Univali.
Um exemplo recente, na forma como as redes impactaram a participação política desse público é a atuação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), por meio da promoção da Semana do Jovem Eleitor de 2022.
O impacto foi que, entre janeiro e abril deste ano, o país ganhou dois milhões de novos eleitores entre 16 e 18 anos, um aumento de 47,2% em relação ao mesmo período em 2018.
Muitos deles se engajaram após a campanha de regularização do título eleitoral ar a ser divulgada por diversos artistas, entre eles a cantora Anitta.
O professor explica que “Essa fatia do público certamente configura uma população que pode vir a decidir diversos cargos”
Por conta disso, muitos políticos observaram nessas ferramentas uma maneira de dialogar com seus eleitores, realizando uma promoção pessoal e divulgando suas propostas.
Estratégias nas redes 6h4o1m
Fabricio explica que, um exemplo de estratégia de “semeadura” é cativar o público durante um grande período de tempo, mostrando trabalho, mesmo antes de vencer as eleições.
“É um sentido de comunicar-se com essa população, fazendo com que uma nova classe de candidatos surja, porque existe uma nova classe de eleitores”.
Outra estratégia, que está se popularizando entre os políticos, são os videocasts e podcasts gravados.
Na maioria dos casos, esses conteúdos ficam disponíveis em diversas plataformas, incluindo YouTube, de forma gratuita e ível. Tendo como entrevistador figuras informais da internet, as conversas em determinados programas podem ter horas de duração.
“É difícil lembrar, no meio tradicional, um lugar onde o candidato e tanto tempo sendo entrevistado, salvo algumas exceções”.
“O Lula, por exemplo, foi no Podpah, o Ciro Gomes está fazendo não apenas esses podcasts, com participação de comediantes, como o Rafinha Bastos, mas também montou seu próprio estúdio. Isso cria também, uma empatia visual com esse público” aponta Fabricio.
Plataformas 6c1h50
Nas últimas décadas as plataformas com o à internet tem modificado o marketing político radicalmente. Neste ano, a justiça eleitoral ampliou a possibilidade de utilização dos candidatos:
“A nova redação dada ao art. 57-C da Lei nº 9.504/1997, a propaganda eleitoral na Internet a a ser permitida durante o período eleitoral quando for utilizada com o único objetivo de impulsionar o alcance de publicações, como no Facebook e no Instagram”
Ou seja, o candidato pode impulsionar conteúdos, por meio da contratação com a plataforma, sendo obrigatório declarar nos gastos da prestação de contas de campanha quais ferramentas receberam os recursos.
“Então, por exemplo, mesmo que eu não siga um candidato, ele pode patrocinar posts dele para que surjam na minha timeline” acrescenta Fabricio.
Além das habituais Facebook e Instagram, novas redes sociais têm surgido entre estes mesmo jovens, que comparecerão às urnas em outubro.
A mais popularizada recentemente é o TikTok “uma rede de impacto visual e vídeos curtos”, Fabricio ainda acrescenta que “ele é um exemplo simbólico do arsenal de mídias sociais que um candidato moderno deve possuir”.
Agora, se os eleitores pretendem acompanhar as movimentações no cenário político, o professor indica o Twitter “para as discussões mais acaloradas”.
Os atuais pré-candidatos não perderam tempo. Com o objetivo de conquistar esse eleitorado, muitos deles já estão ativos.
Confira: