O esporte de Santa Catarina vive um momento de turbulência. A organização da 17ª edição do Parajasc (Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina) que está sendo disputado em Blumenau, e da Fesporte (Fundação Catarinense de Esporte) foram duramente criticadas por deputados estaduais, um deles o líder do governo na Alesc, Ivan Naatz (PL).

Mais de 700 atletas disputariam as provas de atletismo Complexo Esportivo de Timbó e, simplesmente, voltaram para casa sem competir, devido à falta de arbitragem. Neste momento estão sem data definida para acontecerem.
Naatz chegou a pedir a demissão do presidente da Fesporte, Freibergue Nascimento e dos responsáveis pelo Parajasc. O deputado disse que o governo deve desculpas à população catarinense. “Nosso governo exige e tem compromisso com a eficiência”, escreveu ele em uma rede social.
O deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD) cobrou explicações do governo. E que o esporte catarinense jamais havia presenciado tamanho amadorismo. E iria cobrar as medidas de reparo aos prejuízos morais e financeiros. E observou que a falta de arbitragem no evento é vista como um reflexo do descaso e falta de profissionalismo na gestão esportiva estadual.
Fernando Krelling (MDB) falou de desrespeito com os deficientes. E como presidente da Comissão de Esportes na Alesc buscará as respostas e principalmente alternativas para que essas pessoas não sejam mais prejudicadas.
O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Alesc, Vicente Caropreso (PSDB) cobrou “máximo” respeito do governo do Estado aos atletas e delegações.
E reforçou que o Parajasc são parte integrante das conquistas históricas de Santa Catarina no campo da inclusão da pessoa com deficiência e não devem ter sua imagem comprometida.
Fontes dentro do Conselho Estadual de Esporte, a gestão de Freibergue tem desagradado conselheiros e presidentes de federações e minam o ambiente. Marido da deputada federal Daniela Reinehr (PL), estaria isolado e é alvo de críticas de todos os lados.
Agora com as críticas e o vexame na organização do Prajasc, fica nas mãos do governador Jorginho Mello.
Fesporte justifica cancelamento de provas no Parajasc 2w364z
Por nota, a Fesporte jogou toda responsabilidade para Federação Catarinense de Atletismo e lamentou o ocorrido. Disse que teve o compromisso com a realização de todas as 14 modalidades do Parajasc, fossem realizadas de forma conjunta.
Porém, infelizmente isso não foi possível em apenas duas modalidades por problemas de última hora, pelo não comparecimento dos árbitros da modalidade de paratletismo.
A Fesporte disse que desde as primeiras tratativas com a Federação Catarinense de Atletismo, a Fesporte prezou pela legalidade nas negociações com a entidade, e até a segunda-feira (27) não havia qualquer demonstração de desacordo por parte da federação ou dos árbitros em relação às competições de atletismo.
Segundo a Fesporte, desde a segunda-feira, a federação simplesmente deixou de atender ou conversar com a Fesporte, razão pela qual foi acionado o Tribunal de Justiça Desportiva que acompanhou todas as tentativas de negociação.
Teria ocorrido uma tentativa de viabilizar a vinda de profissionais do Rio Grande do Sul para atuarem no Parajasc, bem como de outros estados, porém uma pressão da Federação de Atletismo contra os profissionais do estado vizinho levaram à desistência.
Segundo a entidade, na segunda-feira (03) está agendada reunião para que providências sejam tomadas para que a Fesporte e qualquer evento desportivo em SC volte a ficar “refém desse tipo de boicote”.