Quem é neto de ex-presidente da ditadura denunciado pela PGR por tentativa de golpe de Estado 1y1p12

Paulo Figueiredo Filho teria usado o espaço que ocupava na mídia para pressionar militares a aderirem ao plano 6r4t5v

O apresentador de televisão e neto de presidente da ditadura, Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, é um dos 34 denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Conforme a denúncia, o comunicador teria atuado, junto aos envolvidos no plano, para pressionar militares do Nordeste, Sudeste e Sul a apoiar a trama.

Paulo Figueiredo teria se associado a militares golpistas para convencer comandantes a apoiar tentativa em 2022 – Foto: Jovem PanPaulo Figueiredo teria se associado a militares golpistas para convencer comandantes a apoiar tentativa em 2022 – Foto: Jovem Pan

A denúncia da PGR foi encaminhada ao STF na noite dessa terça-feira (18) e tem, dentre os acusados, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Conforme o documento, o ex-presidente foi informado e concordou com o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado em dezembro de 2022.

Dentre outros crimes, o plano de golpe de Estado também incluía o assassinato do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

Quem Paulo Figueiredo Filho, neto de presidente da ditadura 20622f

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho é um economista e influenciador digital, que atuou como comentarista do canal de rádio e televisão, Jovem Pan. Ele foi desligado da emissora em 2023 junto com outros dois comunicadores, Rodrigo Constantino e Zoe Martinez.

Paulo é neto de presidente da ditadura, João Figueiredo, que foi o último mandatário do regime militar, entre 1979 e 1985. O período autoritário começou com um golpe, em 1964 e durou 21 anos. Foi no governo de Figueiredo que foi promulgada a Lei da Anistia, que beneficiou acusados de tortura e perseguição.

Paulo Figueiredo Filho foi investigado pela Polícia Federal por 'propagação de desinformação golpista e antidemocrática' Paulo Figueiredo Filho foi investigado pela Polícia Federal por ‘propagação de desinformação golpista e antidemocrática’ – Foto: Reprodução/Redes sociais

O comunicador e neto de presidente da ditadura vive nos Estados Unidos há quase dez anos e já constava na lista de indiciados da Polícia Federal por “propagação de desinformação golpista e antidemocrática”. À época, alegou que as acusações faziam parte de uma “campanha de intimidação”.

Em janeiro de 2023, o Ministério Público Federal de São Paulo abriu uma investigação contra comunicadotes da Jovem Pan por ter apoiado os atos antidemocráticos de 8 de Janeiro. O comentarista da emissora, à época, disse, durante a cobertura dos atos, que a revolta na Praça dos Três Poderes era “compreensível”.

Em 2019, o neto de presidente da ditadura foi preso nos Estados Unidos, por suspeita de  pagamento de propinas a dirigentes do banco BRB, chegando a integrar a lista de procurados da Interpol.

Participação de Figueiredo Filho na tentativa de golpe de Estado 5clq

Segundo o relatório da Procuradoria-Geral da República, Figueiredo Filho teria recebido um documento chamado “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do ExércitoBrasileiro”. O conteúdo buscava pressionar o Alto Comando do Exército a apoiar a tentativa de golpe de Estado.

Paulo Figueiredo filho é neto de presidente da ditadura brasileira, João Figueiredo Paulo Figueiredo filho é neto de presidente da ditadura brasileira, João Figueiredo – Foto: Agência Brasil/ND

Ciente do conteúdo da carta, o comunicador teria usado seu espaço na emissora onde trabalhava para expor os nomes do Comandante Militar do Nordeste, do Sudeste e do Sul, afirmando que “os três militares se posicionavam contra ‘uma ação mais direta, mais contundente das Forças Armadas’ e ainda confirmou haver recebido a informação de fontes internas do Exército” a respeito do plano.

Na mesma transmissão, conforme a denúncia da PGR, o neto de presidente da ditadura “confirmou sua plena ciência das ações desenvolvidas pela organização criminosa e antecipou a existência da Carta ao Comandante, que seria exposta no dia seguinte”.

Ele ainda declarou ter ado um “rascunho da carta” e que nunca havia visto “tanto consenso de descontentamento” entre os militares. O conteúdo foi replicado em suas redes sociais, que foram bloqueadas conforme determinação judicial.

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