Apesar de a abstenção em Santa Catarina ter crescido e ado de 16,31% para 18,43%, o número de eleitores que escolheram algum candidato no último domingo (2) aumentou.

Isso porque os catarinenses que anularam ou votaram em branco para presidente e governador registraram queda. Em 2018, 4,41% dos eleitores anularam seus votos e 2,43% votaram em branco para eleger o chefe do Executivo, enquanto, desta vez, apenas 2% anularam e 1,49% foram em branco.
Assim, os brancos e nulos para presidente em 2018 chegaram a 6,84% no Estado, enquanto neste ano o percentual chegou a 3,43%.
Já para governador de Santa Catarina, o número de brancos e nulos em 2018 foi de 6,14% e 8,86%, respectivamente, mas no pleito de 2022, os votos brancos chegaram a 4,99% e os nulos a 3,73%.
Os catarinenses que votaram em branco ou nulo em 2018 para o governo do Estado chegaram a 15%, já em 2022 o índice chegou a 8,72%.
A mesma tendência foi observada no país. Segundo o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, esse foi um dado relevante do primeiro turno das eleições: o crescimento de eleitores nas urnas para votar efetivamente.
Já as abstenções mantiveram uma média semelhante a de eleições anteriores, de 20,89%, o equivalente a 31 milhões de eleitores.
De acordo com tribunal, entre os 80% dos eleitores que compareceram às urnas foi registrado um número de 4,20% de votos brancos e nulos. Nas eleições de 2018, o índice foi 8,8%.
“Aproximadamente 7,5 milhões de pessoas compareceram a mais para votar em candidatos, deixando de votar nulo e em branco. Talvez porque é uma eleição acirrada, mais polarizada. Isso pode ter sido um dos motivos concorrentes para que tenham ocorrido filas”, avaliou o ministro do TSE, Alexandre de Moraes.
“É diferente uma pessoa anular o voto, votar em branco do que escolher as cinco opções, leva um tempo a mais. É um dado interessantíssimo, porque representa uma maior participação efetiva na escolha dos dirigentes do país”, explicou.