A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não devolveu seis dos 144 bens que incorporou a seu acervo pessoal quando estava à frente da presidência da República. Os objetos, juntos, valem R$ 4.873. Os dados constam no relatório do TCU (Tribunal de Contas da União).
Os itens teriam sido recebidos pela ex-presidente durante as solenidades realizadas no Brasil e também no exterior. Em 2016, o tribunal emitiu um acórdão questionando a localização de 144 bens recebidos pela ex-presidente, de 2011 a 2016. Dilma foi orientada a juntar os itens ao patrimônio da União. As informações são do site Poder 360.

Após três anos, a istração da presidência informou que ainda faltam seis objetos. Os demais foram localizados.
Eis os itens não localizados:
- rede de descanso chamada de Hamaca de Tejido Larense;
- travessa em madeira do fabricante Muskoka;
- relógio de mesa com caixa circular em aço inox, do fabricante Val Saint Lambert;
- relógio de mesa fixado em e de madeira com porta-canetas;
- em tapeçaria (medindo 162,5x110cm) mostrando homem tocando instrumento musical, do artista J. Fortes;
- pintura em tecido (medindo 88x68cm) retratando mulher negra com pote na cabeça e filho nas costas, com inscrição “Povo Hereiro” no verso.
Em 2020, após tentativas de cobrar os objetos, o TCU desistiu de reavê-los por conta do baixo valor. “Relativamente à ex-presidente Dilma Rousseff, restam pendentes de devolução seis bens, que somam R$ 4.873. Portanto, os montantes relativos aos bens não localizados são íveis de dispensa de instauração de TCE [tomada de contas especial], nos termos do art. 6º da IN-TCU 76/2016”, consta na decisão.
Ao tribunal, a defesa de Dilma disse que “os itens não localizados se encontrariam sob a guarda da Diretoria de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República”. O departamento informou que fez uma varredura no Palácio da Alvorada e não encontrou as peças.
O Poder360 tentou contato com a assessoria da ex-presidente, mas não recebeu resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.