Menopausa e obesidade: reposição hormonal pode ser contraindicada em alguns casos 1ezb

Especialista alerta para riscos de outras doenças que podem surgir em decorrência da obesidade; pacientes precisam ser avaliados de forma individual

A obesidade pode ser um fator determinante para mulheres, principalmente quando o assunto são os hormônios. Além dos riscos para a saúde como um todo, ela pode influenciar na idade de início da menopausa, porém não há um padrão bem estabelecido, já que o estilo de vida, tabagismo e história familiar também podem contribuir. E, claro, tudo isso influencia no tratamento de reposição hormonal.

Reposição hormonal pode ter contraindicações para algumas pacientes – Foto: Freepik/Reprodução/NDReposição hormonal pode ter contraindicações para algumas pacientes – Foto: Freepik/Reprodução/ND

A endocrinologista Lorena Lima Amato conta que já há estudos demonstrando que as mulheres com obesidade têm mais sintomas de fogachos e alterações de humor e maior índice de depressão. Além disso, a associação entre menopausa e obesidade também pode trazer outras doenças como consequência.

“A obesidade aumenta o risco de 13 tipos de câncer, dentre eles o de mama e de endométrio, que são os que ficam em maior evidência com a terapia de reposição hormonal”, explica.

Obesidade e reposição hormonal 1v3o4a

Outro ponto importante que precisa ser destacado, é em relação aos riscos das terapias de reposição hormonal para pacientes com obesidade, alerta a médica.

“O risco cardiovascular e de câncer é agravado em mulheres com obesidade e que fazem reposição hormonal. Em algumas situações, dependendo do risco cardiovascular e/ou outras complicações, opta-se por não indicar a reposição hormonal”, detalha a especialista.

De acordo com a endocrinologista, as novas medicações para tratar a obesidade não influenciam no controle dos sintomas da menopausa.

“Na verdade, se você pensar que a obesidade piora os sintomas da menopausa, controlando-se a obesidade, é possível que alguns sintomas da menopausa diminuam, mas ainda seria necessário um estudo mais detalhado para confirmar a associação do tratamento medicamentoso com a melhora dos sintomas”, completa Lorena Amato.

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