Atualmente, quem recebe a vacina contra a Influenza deve aguardar, pelo menos, 14 dias até se imunizar contra a Covid-19. No entanto, uma proposta de um grupo técnico do Ministério da Saúde pede que esse intervalo seja abolido, a fim de aumentar a vacinação contra as duas doenças.

Em tese, as pessoas que vão ao posto de saúde receber a vacina contra a gripe podem acabar não voltando para se imunizar contra a Covid-19, e vice-versa Por isso, a proposta é de atender duas demandas numa única ocasião.
A expectativa é que o Ministério da Saúde acate a decisão, oficializando a mudança nos prazos atuais. “A Cetai (Câmara Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19) apresentou um estudo mostrando que não há problema em lançar mão dessa estratégia [de intervalo entre doses]”, afirmou o ministro-substituto da Saúde, Rodrigo Cruz, nesta segunda-feira (27).
A previsão é que a mudança ocorra ainda nesta última semana de setembro. “Aproveitar que o cidadão que já está no posto para tomar a segunda dose [da vacina contra a Covid-19] e receba também a da gripe”, disse. A recomendação valerá para todas as faixas etárias do público incluído nas campanhas.
Em Santa Catarina, ainda não há previsão para que a mudança comece, tendo em vista a necessidade de aprovação da ideia pelo Ministério da Saúde.
Contudo, a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) afirmou que, mesmo com a mudança no cronograma, não deve haver problema na demanda de vacinas.
Dose de reforço e novo grupo 2g293m
Dentre as questões trazidas na última reunião da Cetai, a ampliação da dose de reforço contra a Covid-19 para os profissionais de saúde também foi debatida. Anunciada pelo ministro Marcelo Queiroga, que está afastado em função de ter contraído a doença, a proposta ainda precisa ser oficializada em publicação no Diário Oficial da União.
Segundo Cruz, que está substituindo Queiroga temporariamente, a Janssen deve ser incluída no rol de possibilidades para servir de dose reforço, o que ainda não ocorreu por falta de um cronograma que assegure a oferta da vacina no Brasil. Contudo, a previsão de entrega dos imunizantes de dose única tem previsão para ocorrer no último trimestre do ano.
*Com informações do R7