Florianópolis teve a primeira cirurgia de endometriose feita pelo robô Versius, na última sexta-feira (26). O procedimento foi realizado no Imperial Hospital de Caridade, pelo ginecologista Esdras Camargos e pelo cirurgião geral Pedro Trauczynski. O robô é considerado o que há de mais avançado e inovador do mundo, utilizado em procedimentos minimamente invasivos.

A equipe também contou com a presença dos médicos Ygor Vieira de Oliveira e Leonardo Ortigara. A cirurgia durou cerca de quatro horas e a paciente teve alta no dia seguinte.
“O caso desta paciente é o de endometriose recidivada, e isso representa um desafio ainda maior, por ser uma segunda intervenção, tornando-a mais complexa. A cirurgia robótica foi uma ótima opção, por conta da tecnologia avançada que permite maior precisão durante o procedimento”, explica o Dr. Esdras.
Michelle Federle, 33 anos, veio direto de Lages para realizar o procedimento com o robô britânico. Após cinco anos de muitas dores, Michelle foi diagnosticada com endometriose. É a segunda vez que ela a pelo procedimento cirúrgico de endometriose, tendo realizado a sua primeira cirurgia em 2018.
“Fui em vários médicos, mas ninguém descobria o que significavam as minhas dores. Quando foi identificado, os médicos recomendaram a cirurgia, mas depois de um tempo eu não me sentia 100% bem. As dores pioraram quando, há um ano, eu parei de tomar anticoncepcional para tentar engravidar. Os dois médicos que consultei indicaram novamente uma cirurgia, e como eu pesquiso bastante sobre o tema, percebi que a robótica seria mais indicada para o meu caso, opção confirmada pelos médicos”, conta a paciente.
De acordo com o especialista em ginecologia, a endometriose é uma doença crônica e os fatores predisponentes para a doença permanecem mesmo após a cirurgia. Sendo assim, apesar do tratamento cirúrgico ter sido eficaz, há necessidade de monitoramento, porque não há como garantir que a paciente nunca mais precisará ar por uma cirurgia de endometriose.
“Procedimentos como este marcam a história da cidade e do serviço de assistência em saúde às pacientes catarinenses com endometriose. Agora elas têm à sua disposição essa tecnologia, com o uso de um robô versátil e que permite uma cirurgia minimamente invasiva, tornando mais ível à população o o a procedimentos de altíssima complexidade, colocando Florianópolis em uma posição de destaque”, conclui o ginecologista.
Sobre o Versius 341ab
O robô Versius, instalado no Imperial Hospital de Caridade, é fabricado em Cambridge, no Reino Unido, pela CMR Surgical, e oferece ao paciente uma série de vantagens para os procedimentos minimamente invasivos, como, uma recuperação mais rápida, com um tempo de internação menor, menores chances de infecção e sangramentos.
O Núcleo de Robótica foi criado a partir da parceria entre o Hospital Baía Sul e o Imperial Hospital de Caridade, istrados pela holding Hospital Care.