O uso de substâncias para potencializar o rendimento é um assunto polêmico, mas que pode eliminar atletas de disputas oficiais. Além dos anabolizantes, remédios utilizados por pessoas hipertensas também podem ser consideradas como doping.

Afinal, o que é doping? 42j6q
Doping é o termo utilizado para definir o uso de substâncias que alteram a capacidade do corpo de responder a estímulos. Em geral, os produtos com essa função são utilizados por atletas de alto rendimento que precisam de mais força, agilidade e até perder peso.
A definição das substâncias proibidas e o combate da prática pelos atletas são feitos pela Agência Mundial Antidoping (do inglês WADA – World Anti-Doping Agency).
A classificação das substâncias incluídas no doping são divididas nas seguintes categorias: nq4s
Narcóticos: diminuem a percepção da dor.
Estimulantes: reduzem o cansaço e aumentam a adrenalina no organismo.
Betabloqueadores: diminuem a pressão arterial e, consequentemente, os batimentos cardíacos – são utilizados por atletas de arco e flecha, e competições de tiro para potencializar a precisão e a firmeza nas mãos.
Diuréticos: utilizados para controlar o peso e até disfarçar o doping.
Hormônios peptídeos e análogos: melhoram e até aumentam a potência e o volume muscular.
Esteroides anabólicos (anabolizantes): reforçam os músculos.
- Pessoas que precisam de medicamentos para controlar a pressão arterial e arritmias cardíacas podem ser desclassificadas no teste de doping por uso de betabloqueadores – mesmo casos de fins terapêuticos.
No entanto, em situações específicas de condições de saúde, os atletas podem solicitar uma AUT (Autorização de Uso Terapêutico) que permite o uso de substâncias medicamentosas para tratamentos, desde que exista um diagnóstico médico e a substância também não influencie significativamente no desempenho do competidor.
Relembre atletas brasileiros desclassificados por doping 6r6b3k
Tandara 1t1x3e

- Desclassificada na competição da Tóquio 2020, a oposta da seleção brasileira de vôlei Tandara foi impedida de participar, após a testagem identificar uma substância vetada no organismo da atleta. Na época, a suspeita era de que o resultado fosse um efeito adverso de um remédio para controle menstrual.
Fernando Reis d461a

- Tricampeão dos Jogos Pan-Americanos, o halterofilista foi pego no doping às vésperas do início dos Jogos de Tóquio. Foi a segunda vez em que o levantador de peso testou positivo para substâncias vetadas. Conforme a CBPL (Confederação Brasileira de Levantamento de Pesos) foi identificado no organismo de Reis um tipo de hormônio do crescimento.
Rafaela Silva 6u5i2

- A judoca brasileira também ficou de fora da Tóquio 2020, após ser suspensa por conta de um teste que apontou a presença de fenoterol – substância característica de remédios para condições respiratórias – a atleta alegou que o resultado positivo foi causado pela interação dela com um bebê que fazia tratamento com o medicamento. Ela foi suspensa por dois anos e voltou a disputar na Paris 2024, mas perdeu a luta pelo bronze.
Daniel Nascimento 403y17

- Em 2024, o primeiro caso de doping foi do maratonista Daniel Nascimento, que testou positivo para três substâncias vetadas: drostanolona, metenolona e nandrolona, todas de caráter anabolizante. Como consequência, Nascimento ficou fora da delegação brasileira para Paris 2024.