Há sete meses, um estudo do INCA (Instituto Nacional do Câncer) alertava para o crescimento de casos de câncer em Santa Catarina. Neste ano, 39 mil pessoas podem ser diagnosticadas com a doença no Estado. A demanda no CEPON (Centro de Pesquisas Oncológicas), em Florianópolis, cresceu em 25% somente nos primeiros seis meses de 2023.

De janeiro a junho, foram realizadas mais de 44 mil consultas e atendimentos ambulatoriais no complexo oncológico, segundos dados da Secretaria de Estado da Saúde.
De acordo com o diretor-geral do CEPON, Marcelo Zanchet, a instituição tem se adequado ao aumento da demanda de consultas a partir do Sisreg (Sistema de Regulação de procedimentos).
“O Sisreg põe os pacientes em uma fila e a gente os chama a partir disso. Claro que algumas neoplasias são mais urgentes que outras. Ou seja, pacientes com tumores do sistema nervoso central ou que têm um crescimento mais rápido são prioridades”, explica.
Além das consultas, os procedimentos cirúrgicos e os tratamentos quimioterápicos também aumentaram. No primeiro semestre deste ano, foram realizadas 17,7% mais cirurgias oncológicas de alta e média complexidade que no mesmo período de 2022. Já as sessões de quimioterapia, cresceram em 5,1%.
Como funciona o tratamento de câncer na Capital 4z2x
Em Florianópolis, pacientes oncológicos são atendidos, em um primeiro momento, nas Unidades Básicas da Saúde. Após a suspeita de câncer, é realizado o encaminhamento para o CEPON.
“Todo paciente que chega ao complexo com uma provável neoplasia ou com um diagnóstico, ele é regulado no posto de saúde. Ou seja, ele é encaminhado para cá. E também é o Sisreg que regulamenta esse fluxo”, ressalta Zanchet.
Ainda, o complexo oncológico de Florianópolis é referência em tratamento de câncer em todo o Estado.
Legislação garante agilidade no tratamento 5c424k
Neste ano, a lei 12.732/2012, que garante que o paciente diagnosticado com câncer possa começar o tratamento em até 60 dias, no SUS, completou dez anos.
Ainda, os pacientes com a doença estão assegurados pela Lei dos 30 dias. Ela estabelece que, em caso de suspeita de tumor maligno, o paciente deve realizar os exames em até 30 dias.