Dia Nacional da Mamografia: número de exames cai em SC e acende alerta para mulheres 5r105

No Dia Nacional da Mamografia, celebrado nesta quarta-feira (5), profissionais da saúde alertam para a importância do exame, que é a principal forma de prevenção do câncer de mama. Santa Catarina, no entanto, apresentou queda no número de exames realizados no ano ado.

Em 2023, foram feitos 151,8 mil exames de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no estado, por mulheres entre 50 e 69 anos. O número caiu para 145 mil em 2024, o que representa uma redução de 4,5%.

O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde recomendam a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres com idade entre 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos.

A recomendação também vale para homens trans e pessoas não-binárias assignadas no feminino ao nascer, que mantêm as suas mamas.

O mastologista Luciano Brasil Rangel, por outro lado, aponta que as mulheres deveriam começar a prevenção a partir dos 40 anos, como orientado pela SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia).

“A mamografia deve ser feita a partir dos 40 anos, até os 75 e em uma frequência anual. Por que isso? Porque nós temos uma incidência de câncer de mama em que 40% das mulheres são acometidas abaixo dos 50 anos”, ressalta o médico, em entrevista ao Balanço Geral Florianópolis.

“A gente tem visto o aumento do número de casos entre mulheres mais jovens e nesse sentido é muito importante que a gente faça a mamografia a partir dos 40 anos”, indica.

O que é a mamografia e para que serve? 704s4q

A mamografia nada mais é do que uma radiografia das mamas, que permite detectar alterações mamárias e identificar o câncer de mama antes do surgimento dos sintomas.

“A mamografia é importante porque foi o método mais estudado até hoje, com mais evidências, que a a redução de mortalidade do câncer de mama”, destaca o médico Luciano Brasil Rangel.

Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), depois dos tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. A doença também acomete homens, mas os casos são raros e representam 1% do total.

A mamografia e o exame clínico identificam alterações suspeitas, mas a confirmação da doença é feita pelo exame histopatológico, também conhecido como biopsia, que analisa uma pequena parte retirada da lesão.

Sintomas, tratamento e prevenção do câncer de mama 4w43e

O câncer de mama resulta da multiplicação de células anormais, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há diferentes tipos de câncer de mama, alguns se desenvolvem rapidamente e outros não.

A maioria dos casos tem boa resposta quando a doença é tratada no início, por isso a importância do diagnóstico precoce. O sintoma mais comum é o nódulo, que pode ser acompanhado ou não de dor e está presente em 90% dos casos.

Grande parte dos casos é descoberta pelas próprias mulheres, ao observarem alterações nas mamas no cotidiano. Contudo, nem todo caroço é sinal de câncer, por isso a necessidade de consultar um profissional de saúde.

Outros sintomas incluem pele da mama avermelhada, retraída ou com aspecto de casca de laranja, pequenos nódulos embaixo do braço ou no pescoço, alterações no mamilo e saída espontânea de líquido de um dos mamilos.

Assim como a mamografia, o SUS oferta gratuitamente o tratamento do câncer de mama. Os métodos dependem do estágio da doença e do tipo do tumor, podendo envolver cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.

O tratamento tem maio potencial de cura quando o câncer é diagnosticado no início. Na fase de metástases, quando já se espalhou para outros órgãos, o objetivo é prolongar e melhorar a qualidade de vida da paciente.

Além da realização da mamografia, outros hábitos podem ajudar a prevenir o surgimento do câncer de mama. O Ministério da Saúde recomenda praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, adotar uma alimentação saudável, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcóolicas

A amamentação também ajuda a evitar o surgimento da doença. Por isso, os profissionais da saúde incentivam as mães a amamentar o bebê pelo maior tempo possível.